A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu nesta terça-feira (5) uma nota técnica estabelecendo diretrizes específicas para doadores de sangue em relação à vacinação contra a dengue e à ocorrência prévia da doença.
De acordo com o documento, indivíduos que tenham recebido a vacina contra a dengue
ou tenham sido infectados pela doença devem observar um período de espera de pelo menos 30 dias antes de realizar a doação de sangue.
Para aqueles que enfrentaram a forma hemorrágica da dengue, esse intervalo é estendido para 180 dias após a completa recuperação.
As recomendações são:
• Pessoas que superaram a dengue comum devem aguardar 30 dias após a total recuperação;
• Indivíduos que se recuperaram da dengue hemorrágica devem esperar 180 dias após a recuperação completa;
• Quem teve contato sexual com indivíduos infectados por dengue nos últimos 30 dias deve aguardar 30 dias após o último contato para realizar a doação;
• Aqueles que receberam a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação antes de doar sangue.
Segundo a Anvisa, evidências apontam para o risco de transmissão do vírus da dengue
por transfusão sanguínea, com uma taxa de transmissão estimada em cerca de 38%. Portanto, os serviços de hemoterapia devem informar os doadores sobre os procedimentos a serem seguidos em caso de contaminação após a doação. Nestes casos, os doadores devem notificar imediatamente o hemocentro, especialmente se apresentarem sintomas como febre ou diarreia até 14 dias após a doação.
Essas informações são cruciais para que os serviços de saúde possam agir rapidamente, identificando e acompanhando os receptores de sangue potencialmente contaminado.
Além disso, a nota ressalta que, conforme as instruções dos fabricantes das vacinas disponíveis no Brasil,
pacientes em tratamento com imunoglobulinas ou hemocomponentes contendo imunoglobulinas, como sangue ou plasma, devem esperar pelo menos seis semanas, e de preferência três meses, após o término do tratamento antes de receber a vacina.
Essas medidas visam garantir a segurança e a eficácia do processo de doação de sangue, protegendo tanto os doadores quanto os receptores de transfusões.