A decisão de realizar uma cirurgia para artrose , uma condição degenerativa que afeta as articulações e desgasta a cartilagem , é recomendada principalmente em casos nos quais o paciente apresenta dor incapacitante e uma grave limitação de movimentos.
A artrose é comum entre idosos: aproximadamente 70% a 80% das pessoas maiores de 65 anos apresentam algum grau da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O quadro gera perda de mobilidade e, em casos avançados, o tratamento com métodos paliativos já não é suficiente, fazendo com que a cirurgia de artroplastia, que substitui articulações danificadas por próteses ortopédicas, seja considerada.
A artroplastia é indicada para idosos em boa saúde geral, sem comorbidades graves, como problemas cardíacos ou vasculares, e com quadros de dor intensa e limitação funcional.
"Essa doença em idosos pode ser consequência do próprio envelhecimento da cartilagem, que com o tempo deixa de cumprir sua função na articulação, absorvendo impactos e contribuindo para a mobilidade dessas regiões", afirma André Grativol, General Manager da Zimmer Biomet no Brasil
"Quando essa condição começa a interferir na qualidade de vida, passa a ser dolorosa e dificultar até mesmo atividades do dia a dia, como subir e descer escadas, a cirurgia pode ser a melhor opção a essas pessoas, desde que não apresentem comorbidades graves, como enfermidades cardíacas e vasculares, ou outras contraindicações a serem levantadas pelo médico", completa.
Cirurgia para artrose
A cirurgia pode ser realizada em articulações do joelho e do quadril, onde são empregadas próteses desenvolvidas especificamente para a substituição das áreas mais afetadas.
A técnica robótica tem ampliado os benefícios da cirurgia, oferecendo precisão, personalização e um impacto reduzido no procedimento.
A cirurgia robótica possibilita, por exemplo, a realização da artroplastia do quadril pela via anterior, que evita cortes em músculos ou tendões.
"Nas cirurgias de quadril, por exemplo, a técnica cirúrgica compatível normalmente com a plataforma robótica é por via anterior, procedimento em que não é necessário realizar nenhum corte em músculo ou tendão. Com essa técnica, os músculos são apenas afastados um do outro, promovendo um pós-operatório menos doloroso e com menos fraqueza muscular, sendo mais rápido e mais confortável para o paciente", explica Grativol.
A técnica contribui para uma recuperação mais rápida, com menores incisões e preservação de tecidos, proporcionando uma resposta pós-operatória menos impactante e uma retomada mais rápida das atividades cotidianas.