
O Governo de Santa Catarina decretou situação de emergência em saúde pública, na noite desta quinta-feira (12), em decorrência do aumento dos casos de doenças respiratórias.
Nesta sexta-feira (13), de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), o estado registra quase 94% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) ocupados.
Na região da Grande Florianópolis, há 95% de vagas de UTI ocupadas. Por conta dos casos, a capital catarinense já havia decretado emergência há um mês.
Também há quase um mês, o estado do Rio Grande do Sul também decretou situação de emergência em saúde pública pelo mesmo motivo.
Na ocasião, a situação em Santa Catarina e também no Paraná já estava se agravando.
De acordo com a Secretaria da Saúde (SES) de Santa Catarina, o decreto, que foi publicado nesta quinta, foi necessário devido à existência de situação anormal em virtude da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
A situação epidemiológica atual mostra, em relação ao mesmo período do ano passado, em todo o estado catarinense, um aumento de 30% nos casos de SRAG, que podem evoluir com comprometimento da função respiratória.
“Esta ação está baseada em indicadores epidemiológicos que apontam para o aumento expressivo nos índices de internações em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e adulto, e da consequente superlotação dos centros de atendimento, caracterizando elevado risco sanitário para a população”, justifica a SES, em comunicado.
“Decidimos pelo decreto para ratificar a compra de leitos e serviços o mais rápido possível para atender a nossa população”, explica o secretário de Estado da Saúde, Diogo Demarchi.
Na prática, a medida anunciada possibilita que a SES compre leitos de UTI em hospitais privados com maios agilidade.
Vacina
Também faz parte das ações de enfrentamento das doenças respiratórias, de acordo com a SES, a ampliação da vacina contra a Influenza para toda a população a partir dos 6 meses de idade.
“Neste momento, é fundamental que toda a população se vacine contra a gripe, porque os casos mais graves da doença estão levando à morte e à sobrecarga da nossa rede de atenção à saúde, com relação à ocupação de leitos. Temos quase 2 mil unidades de saúde com vacinas disponíveis, e é essencial que a população possa nos ajudar”, reforça o secretário Demarchi.