Em cinco anos, mais de 11 mil pessoas com menos de 50 anos foram atendidas com câncer colorretal em SP
Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp)
Em cinco anos, mais de 11 mil pessoas com menos de 50 anos foram atendidas com câncer colorretal em SP


O estado de São Paulo registrou, nos últimos cinco anos, 81.3 mil  internações por câncer colorretal , segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pela Agência SP, a agência de notícias do governo estadual.

Desse total, mais de 11 mil pessoas tinham menos de 50 anos, o equivalente a 14,28%.

Só em 2025, foram contabilizadas ao menos 10,5 mil internações, com 13,64% delas em pessoas abaixo dessa idade.

O câncer colorretal é o terceiro tipo mais frequente no Brasil, atrás apenas dos de mama e próstata.

cantora Preta Gil faleceu pela doença , no último domingo (20), cerca de dois anos e meio após anunciar o diagnóstico. A artista tinha 50 anos de idade.

Preta Gil morreu no último domingo (20).
Reprodução/Instagram
Preta Gil morreu no último domingo (20).


Genética e estilo de vida

Esse tipo de câncer está relacionado tanto a fatores genéticos quanto a hábitos de vida, explicou o oncologista Paulo Hoff à Agência SP.

“O consumo constante de industrializados ou ultraprocessados, bem como o abuso de bebidas alcoólicas, pode contribuir para o desenvolvimento de tumores maléficos no trato gastrointestinal”, pontuou Hoff, diretor técnico da Divisão de Oncologia do Instituto do Câncer de São Paulo ( Icesp ). 

Segundo o especialista, entre 15% a 30% dos casos são de origem genética. 

“Os demais estão ligados a fatores ambientais e comportamentais. Frutas e verduras, por exemplo, exercem um efeito protetor, enquanto alimentos ultraprocessados e carnes vermelhas parecem aumentar, ainda que discretamente, o risco”, afirmou.

Sem sintomas iniciais

O câncer colorretal é um tipo de tumor maligno que se desenvolve no intestino grosso, afetando o cólon ou o reto, partes finais do sistema digestivo. 

Em muitos casos, ele evolui de forma lenta e silenciosa, sem sintomas nas fases iniciais.


Quando os sinais aparecem, os mais frequentes são presença de sangue nas fezes, alterações persistentes no hábito intestinal, como diarreia ou prisão de ventre, dor ou desconforto abdominal, perda de peso sem causa aparente e sensação de evacuação incompleta.

A realização periódica de exames de rastreamento, como a colonoscopia, a partir dos 45 ou 50 anos, é fundamental para a detecção precoce. Já o exame para identificar sangue oculto nas fezes deve ser realizado ao menos uma vez por ano.

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