A aprovação pelos órgãos reguladores dos Estados Unidos pode ser considerada o início de uma “nova era” para quem tem diabetes porque, pela primeira vez, um medicamento vai combater a causa da doença, não os sintomas dela.
O Teplizumab, de nome comercial Tzield, é um medicamento imunoterápico que, comprovadamente, atrasa o desenvolvimento do diabetes tipo 1. A droga pode ser usada tanto no tratamento de pacientes adultos quanto de crianças com mais de oito anos. O medicamento foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) na quinta-feira, 17 de novembro.
Como o medicamento funciona
No diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca por engano as células-chave do pâncreas que produzem insulina – hormônio que ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue. Nesse cenário, a droga teria o importante papel de reprogramar o sistema imunológico para que ele pare de atacar as células pancreáticas.
Os testes feitos com o medicamento, em 2019, apontaram que a droga atrasou em até dois anos o desenvolvimento da doença crônica em pessoas do grupo de alto risco da condição. O Tzield é um medicamento aplicado por infusão intravenosa uma vez durante 14 dias consecutivos.
O que isso significa?
Para especialistas, o atraso no desenvolvimento do diabetes tipo 1 representa um alívio na vida quem tem a doença. Na prática, por exemplo, significa que os pacientes não vão ter que se preocupar em tomar insulina todos os dias ou monitorar o nível de insulina com tanta frequência.
Um grande avanço
Estima-se que quase nove milhões de pessoas no mundo têm diabetes tipo 1. O uso do novo medicamento foi aprovado apenas nos Estados Unidos, mas a aprovação sugere que logo a droga pode chegar a outros países.
O que você achou da novidade? Acredita que o medicamento pode ser mesmo a esperança de uma vida melhor para quem tem o diabetes tipo 1?
Quanto custa?
De acordo com a Reuters, a Provention Bio fixou o preço do frasco em 13.850 dólares (cerca de 74 mil reais), isso significa que o ciclo 14 dias chegaria ao equivalente mais de 1 milhão de reais, – esse não seria necessariamente o valor pago pelos pacientes.
No Brasil, a nova medicação ainda não tem previsão para ser comercializada.
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