Diabetes e dengue: o que você precisa saber?
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Diabetes e dengue: o que você precisa saber?


O aumento no número de casos de dengue no Brasil, no primeiro mês de 2024, colocou em alerta autoridades em saúde e a população com maior risco de contrair a doença causada pelo mosquito Aedes aegypti. O Ministério da Saúde anunciou que vai disponibilizar vacina para um grupo específico mais vulnerável por conta da idade ou da região em que vive. Diante desse cenário, algumas dúvidas começam a surgir: quem convive com uma doença crônica como o diabetes, os casos de dengue podem ser mais graves? Pessoas com diabetes estão no grupo prioritário para receber a vacina disponível no Sistema Único de Saúde (SUS)? E quem já teve dengue anteriormente e possui alguma doença crônica o que deve fazer?

Centenas de estudos realizados fora do Brasil revelam que problemas crônicos de saúde, como o diabetes e hipertensão, oferecem um risco aumentado de evolução mais grave da dengue, conhecida como “dengue hemorrágica”. Isso não significa que toda pessoa com alguma doença crônica terá esse quadro mais grave, mas significa que as chances são maiores. Em 2015, por exemplo, um estudo realizado pela Vigilância Epidemiológica de Limeira, no interior de São Paulo, apontou que 95% das mortes por dengue na cidade tinham alguma relação com hipertensão ou diabetes.


Diante dessa preocupação vale ressaltar que a vacina contra dengue é produzida por uma empresa japonesa, que neste momento não teria capacidade de produzir a quantidade de dose para atender a população brasileira. Por isso, neste primeiro momento as pessoas com diabetes ou outras doenças crônicas não estão na lista de prioridade para receber a vacina oferecida pelo SUS.

Segundo o médico infectologista, Dr. Álvaro Costa, a priorização é para crianças, idosos e pessoas que vivem em áreas com maior risco de contrair a doença.  Portanto, quem tem diabetes e quer ficar imunizado terá que fazer as duas doses na rede privada, pagando pela vacina. “A dose é segura para pessoas com diabetes, mesmo que a doença não esteja totalmente controlada. Os efeitos colaterais mais comuns são leves e semelhantes aos de outras vacinas, como dor no local da aplicação, febre e dor de cabeça”, orientou o infectologista.

Para quem já teve dengue no passado, a recomendação é a imunização caso tenha algum problema crônico de saúde, como diabetes e hipertensão. Outras medidas de prevenção contra a dengue também são importantes, como usar repelente, eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti e buscar atendimento médico ao apresentar sintomas da doença.

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