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Foto: Reprodução
Os casos são identificados por diferentes graus de risco, em azul, amarelo e vermelho

O estudante de medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Faissal Nemer, de 21 anos, teve a ideia de criar um site para mapear casos do novo coronavírus no Brasil. "Eu percebi que não tinha nenhuma plataforma desse tipo ainda para a Covid-19 e que eu poderia fazer uma", diz Faissal à BBC, que aprendeu sozinho a programar.

A ideia inicial de reunir esses dados se transformou no Juntos Contra o Covid, um site colaborativo que mapeia os casos no País e permite que uma pessoa saiba qual é o risco de infecção na região onde ela mora.

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Os dados são fornecidos pelos próprios usuários, que informam seu sexo, idade e o endereço onde vivem. A única informação pessoal fornecida é um endereço de e-mail, que é mantido em sigilo.

Também dizem se foram vacinados contra gripe e testados para Covid-19 e se tiveram sintomas compatíveis com os da doença causada pelo coronavírus.

“O Juntos Contra o Covid conta com a participação voluntária do público em geral, solicitando apenas alguns segundos para nos informar se você ou seus familiares estão saudáveis ou doentes. Analisamos milhares de relatórios e os mapeamos para gerar visões nacionais da infecção pelo coronavírus, fornecendo às autoridades de saúde pública e pesquisadores informações anônimas em tempo real que podem ajudar a encerrar a pandemia e impedir que o vírus se alastre”, afirma o site oficial da campanha.

O estudante Faissal Nemer criou o projeto em março
Foto: Arquivo Pessoal/Faissal
O estudante Faissal Nemer criou o projeto em março

Os usuários respondem ainda se têm algum problema de saúde, se entraram em contato com casos suspeitos ou confirmados e se viajaram para algum local onde há a chamada transmissão comunitária, ou seja, onde o vírus circula livremente.

Todos esses dados são levados em consideração por um algoritmo que identifica em qual das três categorias de risco a pessoa se encaixa e a identifica no mapa do site de acordo com isso.

Os casos de risco baixo são identificados por pontos azuis. São pessoas que não têm sintomas de infecção respiratória nem histórico de contato com o vírus. Os pontos amarelos são de risco médio: a pessoa tem sintomas, mas não viajou para onde há transmissão comunitária. Os casos de alto risco, em vermelho, são de quem testou positivo para Covid-19.

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Quem entra no site pode checar no mapa quantos pontos azuis, amarelos e vermelhos existem em uma região e entender, assim, até que ponto aquela é ou não uma área de risco de Covid-19.

"Queremos conscientizar as pessoas sobre a presença do coronavírus onde elas moram. Mas a gente ressalta que, mesmo onde só há pontos azuis, não significa que o vírus não esteja presente, porque até 30% das infecções podem ser assintomáticas", explicou Faissal.

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