Com 262.333 testes rápidos realizados em farmácias, São Paulo lidera o ranking de Estados que mais fizeram testes para detectar o novo coronavírus (Sars-CoV-2) . Apenas 12,46% dos testes paulistas resultaram positivo. Os exames rápidos auxiliam no diagnótisco mas sua eficácia e credibilidade depende de vários fatores.
Os dados são da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarmas), coletados de 6 de maio a 23 de agosto. Eles mostram que o segundo Estado com mais testes é Minas Gerais, onde foram realizados 92.240 exames, sendo 13.467 com resultado positivo para a Covid-19 .
O primeiro lugar em resultados positivos comparados ao número de testes realizados é do Amapá , com 30,37% dos diagnósticos que detectaram a presença de anticorpos para o Sars-CoV-2. Veja o ranking por percentual de testes positivos:
“Os testes rápidos de farmácias são indicados a partir do oitavo dia de sintomas e seguem padrão de qualidade internacional. Somente com uma boa cobertura de testagem poderemos ter uma fotografia correta da pandemia e definir estratégias de controle mais assertivas ”, diz Sergio Mena Barreto, CEO da Abrafarma.
Para o infectologista Estevão Urbano, a credibilidade dos resultados dos testes feitos em farmácias depende de vários fatores. Segundo ele, a época em que o exame é feito e a marca do equipamento influenciam os resultados.
“Esses testes rápidos têm pouca utilidade quando o paciente não tem sintomas, porque esses resultados não são muito padronizados. Muitas marcas foram lançadas, mas algumas são muito ruins, e outras, melhores. Fica difícil fazer uma generalização porque depende de cada farmácia”, diz o especialista.