Mulher com o dedo indicador sob os lábios.
Pixabay/Philm
Zonas de silêncio em espaços fechados de alto risco podem ajudar a reduzir contágio pelo novo coronavírus


Pesquisadores da Universidade da Califórnia de Davis descobriram que diminuir o volume da fala pode reduzir a disseminação do  novo coronavírus (Sars-Cov-2)


Segundo o estudo, uma redução de 6 decibéis nos níveis médios da fala pode ter o mesmo efeito de dobrar a ventilação de um ambiente. "Os resultados levam a crer que as autoridades de saúde pública deveriam cogitar implantar 'zonas de silêncio' em ambientes fechados de alto risco, como salas de espera de hospitais ou locais de alimentação", escreveram os pesquisadores responsáveis pela pesquisa.

A possibilidade de que o Sars-CoV-2 seja transmitido pelo ar foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em julho, desde então estuda-se o fato de que gotículas  expelidas durante a fala podem ser agentes de transmissão.

De acordo com o documento, as partículas que ficam no ar após a fala são grandes o suficiente para transportar uma quantidade viável de vírus.  Um aumento de volume de cerca de 35 decibéis, ou a diferença entre sussurrar e gritar, aumenta a taxa de emissão de partículas em 50 vezes.

Uma conversa normal fica acima da faixa dos 10 decibéis, e o ruído ambiente de restaurantes é de cerca de 70. Apesar disso o pesquisador-chefe, William Ristenpart, afirma que "nem todos os ambientes fechados são iguais em termos de risco de transmissão pelo ar".

"Uma sala de aula cheia, mas silenciosa, é muito menos perigosa do que um bar de karaokê sem multidão onde os clientes estão socialmente distantes, mas conversando e cantando com música alta de fundo", aponta.

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