A Rússia iniciou testes próprios com um genérico sob licença japonesa e, em junho, aprovou o uso emergencial de 60 mil doses do remédio em 74 de suas 85 regiões
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A Rússia iniciou testes próprios com um genérico sob licença japonesa e, em junho, aprovou o uso emergencial de 60 mil doses do remédio em 74 de suas 85 regiões

A farmacêutica russa ChemRar e o fundo soberano da Rússia anunciaram um acordo para fornecer a 17 países um remédio antiviral contra a Covid-19. O Brasil também está na lista.

Segundo o fundo, que bancou também a criação da vacina Sputnik V, o Avifavir está sendo negociado com um laboratório privado brasileiro, que não teve o nome divulgado. Para ser usado, ele precisa ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Avifavir é o nome comercial do favipiravir, composto que é usado desde 2014 no Japão contra a gripe chamado de Avigan. Em abril, sua fabricante, a Fujifilm (a mesma do ramo fotográfico), começou testes clínicos de fase 3 para determinar se ele poderia ser eficaz no combate ao novo coronavírus. 

De acordo com os pesquisadores, a Rússia iniciou testes próprios com um genérico sob licença japonesa e, em junho, aprovou o uso emergencial de 60 mil doses do remédio em 74 de suas 85 regiões. 

Segundo o Ministério da Saúde da Rússia, como o remédio não trazia riscos à saúde por já estar em uso, isso seria tolerávelm. Ao todo, 940 pacientes foram acompanhados. Neles, 30% tiveram o Sars-CoV-2 eliminado do corpo e o restante, reduziu seu tempo de tratamento de sintomas como pneumonia leve de quatro para dois dias. 

Os russos já enviaram a medicação para as ex-repúblicas soviéticas Belarus, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão e Turcomenistão. O governo da Bolívia anunciou a compra de 150 mil doses da droga, na última segunda. Agora, o fundo soberano afirma que deverá fornecer o remédio, que custa cerca de três vezes menos que o Remdesivir, para Brasil, Argentina, Bulgária, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Honduras, Kuwait, Paraguai, Panamá, Arábia Saudita, Sérvia, Eslováquia, África do Sul, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.

"Quando nós registramos a primeira droga contra o coronavírus no mundo, houve ceticismo porque o Japão ainda não havia a registrado. Agora a eficácia está comprovada", afirmou Kirill Dmitriev, presidente do fundo.

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