máscara
Foto: Pixabay/Alexandra Koch
De acordo com uma pesquisa publicada no Annals of the American Thoracic Society, as máscaras não colocam a saúde desses indivíduos em risco

Com a pandemia da Covid-19, uma das medidas mais estimuladas para conter a disseminação do novo coronavírus (Sars-CoV-2) foi o uso da máscara no rosto. Após meses da recomendação das autoridades de saúde, surgiram diversas dúvidas se o uso constante aumentaria o risco de envenenamento por dióxido de carbono (CO2).

Uma pesquisa da Universidade de Miami, nos Estados Unidos, contradiz afirmações de que as máscaras retêm o dióxido de carbono (CO2) no rosto e, por isso, poderiam causar intoxicações nos usuários. A pesquisa foi publicada na sexta-feira (2), no jornal científico Annals of the American Thoracic Society.

Os pesquisadores avaliaram as mudanças no nível de oxigênio e de dióxido de carbono antes e durante o uso de máscaras em 30 pessoas. O grupo era composto por 15 indivíduos saudáveis ​​e outros 15 com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), em que a passagem do ar pelos pulmões é obstruída 

Os resultados mostraram que estar ou não de máscara  não afetava significativamente as trocas gasosas que ocorrem durante a respiração. Os pesquisadores realizaram exames de sangue nos participantes e não encontraram diferenças consideráveis nos níveis de oxigênio ou dióxido de carbono entre eles. 

“É importante informar ao público que o desconforto associado ao uso da máscara não deve levar a preocupações de segurança infundadas, pois isso pode atenuar a aplicação de uma prática comprovada para melhorar a saúde pública”, destacou, em nota, Michael Campos, um dos líderes do estudo.

Ainda de acordo com Michael Campos, membro do Miami Veterans Administration Medical Center da Universidade de Miami, "os efeitos são mínimos, mesmo em pessoas com comprometimento pulmonar muito grave. A sensação de falta de ar, sentida por alguns com máscaras, não é sinônimo de alteração nas trocas gasosas. Provavelmente, há uma restrição do fluxo de ar", afirmou à imprensa.

Os cientistas esclarecem que à sensação de falta de ar que algumas pessoas saudáveis sentem quando estão com o utensílio de proteção não está relacionada ao CO2. Eles atribuem isso a um bloqueio do fluxo de ar pela máscara, indicando que é necessário maior ventilação.

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