Um estudo analisou a prevalência de anticorpos para a Sars-CoV-2 na cidade de São Paulo estima que 26,2% da população adulta da capital, cerca de 2,2 milhões de pessoas, já foi infectado com o novo coronvírus.
O levantamento foi realizado em uma parceria de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e do Grupo Fleury com o Ibope Inteligência.
A quarta fase do projeto foi realizada entre os dias 1º e 10 de outubro, durante o início da fase verde de reabertura da cidade, em 152 setores censitários. Em cada um deles, oito residências foram sorteadas.
Os moradores com mais de 18 anos foram convidados a participar do estudo, respondendo a um questionário socieconômico e fazendo dois testes para deteção de respostas imunológicas ao vírus.
Em comparação com a terceira fase do estudo, realizada em julho, houve um aumento de 8,3 pontos percentuais na soroprevalência, que estava em 17,9%. De acordo com os pesquisadores, nesse período, aproximadadamente 700 mil infecções ocorreram na cidade.
A pesquisa indicou que na capital paulista, a soroprevalência é maior entre pretos e pardos (31,6%) do que entre brancos (20,9%).
Além disso, aqueles que cursaram até o ensino fundamental são duas vezes mais propensos a já terem sido infectados pelo vírus do que pessoas com ensino superio, a soroprevalência é de 35,8% para o primeiro grupo, enquanto a do segundo é de 16%.
Entre os moradores com renda média mais alta, a soroprevalência é de 21,6%; já em meio aos de renda baixa, chega a 30,4%.