Gabbardo
Governo do Estado de São Paulo/Divulgação
João Gabbardo, diretor-executivo do centro de contingência da Covid-19 em SP

O médico João Gabbardo, diretor-executivo do centro de contingência da Covid-19 em São Paulo, classificou como "injustiça" a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária em suspender temporariamente os estudos da terceira fase de testes da vacina CoronaVac.

"Se vocês pudessem ter acesso ao que nós temos, vocês poderiam identficar o quão injusto está sendo essa penalidade, essa suspensão dos estudos da fase 3 da vacina", pontuou Gabbardo. De acordo com ele, os detales sobre o efeito adverso em um dos voluntários - que motivou a suspensão dos estudos - não podem ser divulgados por motivos éticos.

"Não existe absolutamente nenhuma reação da causa do morte desse paciente com essa suposta vacina - pois não sabemos sequer se ela tomou vacina ou placebo - mas sabemos que não existe relação de causa e efeito", reforçou o médico, em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira.

Gabbardo ainda criticou a postura do presidente Jair Bolsonaro que, após saber sobre a suspensão dos testes, considerou a notícia uma "vitória" sobre seu rival político João Doria, principal defensor da vacina.

"O que nos choca é que enquanto todos estão correndo para que tenhamos essa vacina disponível para a população, há quem pense a aposte no contrário. Coincidentemente no mesmo dia que o governo de SP anuncia a chegada das primeiras doses da vacina, algumas pessoas festejam o fato de ter aparecido um óbito e criado essa confusão", finalizou o médico.

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