O primeiro paciente Covid-19 da Itália foi detectado em 21 de fevereiro em uma pequena cidade perto de Milão
Foto: James Gallagher
O primeiro paciente Covid-19 da Itália foi detectado em 21 de fevereiro em uma pequena cidade perto de Milão

O novo coronavírus (Sars-CoV-2) já circulava na Itália desde setembro de 2019. É o que mostra um estudo do Instituto Nacional do Câncer (INT) da cidade italiana de Milão. A pesquisa sinaliza que a doença pode ter se espalhado para além da China antes do que se pensava.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que o novo coronavírus eram desconhecidos antes do surto ser relatado pela primeira vez em Wuhan, no centro da China, em dezembro.

Oficialmente, o primeiro paciente Covid-19 da Itália foi detectado em 21 de fevereiro em uma pequena cidade perto de Milão, na região norte da Lombardia.

Mas, a pesquisa publicada pela revista científica Tumori Journal do INT, mostra que 11,6% dos 959 voluntários saudáveis inscritos em um teste de rastreamento de câncer de pulmão entre setembro de 2019 e março de 2020 desenvolveram anticorpos contra o novo coronavírus bem antes de fevereiro.

Já um outro teste específico de anticorpos Sars-CoV-2 foi realizado pela Universidade de Siena para a mesma pesquisa, intitulada "Detecção inesperada de anticorpos no período pré-pandêmico na Itália".

O estudo mostrou que quatro casos datados da primeira semana de outubro também foram positivos para anticorpos que neutralizam o vírus, o que significa que eles foram infectados em setembro, disse Giovanni Apolone, coautor do estudo. "Este é o principal achado: as pessoas sem sintomas não só eram positivas após os testes sorológicos, mas também tinham anticorpos capazes de matar o vírus", disse Apolone. 

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