O Reino Unido, primeiro país a iniciar a vacinação contra a Covid-19
, anunciou uma mudança no método de imunização da população que vai contra as estratégias adotadas por outras nações até o momento. O governo informou que as pessoas poderão, em determinados casos, tomar doses de diferentes vacinas, mesmo que ainda não existam evidências científicas para validar e comprovar a eficácia do plano.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, o objetivo da mudança é garantir que todos os cidadãos tomem as duas doses do imunizantes que são necessárias para garantir a imunidade contra o novo coronavírus. Desta forma, se a oferta de uma das vacinas estiver baixa, a pessoa poderá "misturar" com uma segunda, produzida por outra farmacêutica.
“(Se) a mesma vacina não estiver disponível, ou se o primeiro produto recebido for desconhecido, é razoável oferecer uma dose da vacina disponível localmente para completar o cronograma. Não há evidências sobre a intercambialidade das vacinas contra Covid-19 , embora os estudos estejam em andamento”, diz o documento publicado na véspera do Ano Novo.
Ainda de acordo com a publicação, a chefe de imunizações da Public Health England disse que tal situação só acontecerá em "ocasiões extremamente raras" e garantiu que o governo não está recomendando a mistura: “todo esforço deve ser feito para dar a eles a mesma vacina, mas quando isso não for possível, é melhor dar uma segunda dose de outra vacina do que não dar”.
Até o momento, o Reino Unido já aprovou o uso emergencial de duas vacinas : Pfizer/ BioNTech e AstraZeneca/Universidade de Oxford. A segunda, inclusive, iniciou em novembro um estudo em parceria com os produtores russos da Sputnik V para entender a viabilidade de misturar os dois imunizantes e se isso realmente traria efeitos positivos e longevos na batalha contra a Covid-19. Porém, até o momento, não há confirmação de qualquer conclusão sobre tal pesquisa.