As mortes por Covid-19 no Brasil aumentaram 64,45% de novembro para dezembro. Enquanto novembro teve 13.263 óbitos pela doença, em dezembro esse número foi de 21.811. Os dados foram fornecidos pelas secretarias de Saúde do país.
Ainda de acordo com dados das secretarias, dezembro já era o mês com mais mortes pela doença desde setembro.
Epidemiologistas, matemáticos e cientistas de dados calculam que o número real é bem maior. Mesmo as análises mais conservadoras desses profissionais indicam um excedente não contabilizado que ultrapassa a casa das dezenas de milhares de óbitos pela doença.
Embora a subnotificação seja um fenômeno que aconteça em todo o mundo, no nosso país ela apresenta características únicas. Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil apontam uma enorme dificuldade para entender a origem e a metodologia dos dados disponibilizados pelo governo sobre a pandemia.
"Não basta informar o número final. Precisamos de uma transparência de como essas informações são coletadas para que tenhamos tranquilidade de que elas realmente representam a realidade que estamos vivendo. A gente só fica sabendo das coisas com atraso", critica o cientista de dados Isaac Schrarstzhaupt, coordenador da Rede Análise Covid-19.
Estados Unidos
Os Estados Unidos ultrapassaram os 20 milhões de casos do novo coronavírus na sexta-feira (1º). O país é o mais afetado do mundo, com 346.408 mortes devido à doença.
Em menos de um mês, 5 milhões de americanos foram infectados. O país havia atingido os 15 milhões de casos em 8 de dezembro e, também durante o mês, voltou a registrar mais de 3 mil mortes por dia devido ao novo coronavírus.
Enquanto isso, autoridades americanas reconheceram que a vacinação contra a Covid-19 enfrenta atrasos e que o país não vai alcançar a meta estabelecida para 2020, que era vacinar 20 milhões de pessoas em dezembro.