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O estudo ainda aponta que 60% dos pacientes que foram para o respirador faleceram
Fabiana Rolfini
O estudo ainda aponta que 60% dos pacientes que foram para o respirador faleceram

De acordo com uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), 47,6% dos pacientes com Covid-19 que são internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) no Brasil morrem.

Em uma primeira análise do estudo, que começou no início da pandemia, a cada dois internados em UTI, um faleceu – em dois mil pacientes avaliados.

O estudo ainda aponta que 60% dos pacientes que foram para o respirador faleceram – no mundo, esta taxa chega a 45%. Já 15% dos pacientes tiveram septsemia (infecção generalizada), 13% desenvolveram infecção bacteriana e 87,9% receberam antibiótico.

A pesquisa foi feita em 37 hospitais de Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Participaram cerca de 150 profissionais de saúde, além de 27 estudantes de medicina e enfermagem.

Calculadora para reduzir mortes

A partir da análise dos tratamentos e diagnósticos de milhares de pacientes, professores da UFMG criaram uma “calculadora” (também chamada de “escore de mortalidade”) que pode ajudar médicos a tomar decisões mais assertivas a fim de diminuir as mortes.

A ferramenta leva em conta idade, comorbidade, frequência cardíaca, nível de plaquetas, entre outras variáveis. O objetivo é que ela seja usada logo na entrada do paciente no setor de emergência.

Assim, médicos e enfermeiros podem, precocemente, identificar pacientes que precisam de reavaliações mais frequentes e, às vezes, uma locação mais precoce em terapia intensiva.

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“Em uma primeira análise do estudo, que começou no início da pandemia, em dois mil pacientes cadastrados foi observado que 1 em cada 5 internados em diferentes cidades faleceram. A situação fica mais grave considerando internados em UTI: a cada dois pacientes, um faleceu. Mais tarde, quando chegamos a cinco mil pacientes, desenvolvemos a ‘calculadora’. Ela foi aplicada em mais de mil pacientes do Brasil e também em pacientes de Barcelona. Os resultados foram muito bons”, disse a professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Milena Soriano Marcolino, que coordena o projeto.

A calculadora foi lançada na semana passada e pode ser acessada gratuitamente neste site. O material também será disponibilizado em papel para hospitais ou profissionais que não tem acesso à internet.

Via: G1

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