Cacique Katukina, representante de 10 aldeias, morreu aos 56 anos no Acre
Foto: Odair Leal/Secom-AC
Cacique Katukina, representante de 10 aldeias, morreu aos 56 anos no Acre

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), órgão ligado ao Ministério da Saúde, desmentiu os boatos sobre a conexão da CoronaVac e a morte do líder indígena Fernando Rosa da Silva Katukina, 56, na madrugada de ontem. A vacina é desenvolvida pelo Instituto Butantan junto à farmacêutica Sinovac Life Science.

Fernando Katukina foi imunizado contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) no dia 19 de janeiro. "Quero agradecer a Deus por este momento importante, tanto que o povo do Juruá e de todo o Brasil está esperando essa vacina. Eu, como cacique geral da etnia Nôke Kôi, sou o primeiro a tomar a vacina e vejo que isso é mais uma vitória para nós, uma renovação da nossa vida”, disse na ocasião.

A Sesai informou que "em nenhum momento foi constatada conexão entre a vacinação e seu óbito".

Por meio de nota, o órgão informou que Katukina, cacique-geral do povo Nôke Kôi, do Acre, era diabético, hipertenso e sofria de insuficiência cardíaca congestiva.

"A propagação de qualquer notícia especulativa neste momento tão importante para o combate à covid-19 dentro das comunidades indígenas pode ser considerada, no mínimo, irresponsável", afirmou, lamentando "profundamente" a morte do cacique e exaltando sua luta por saúde e educação para o povo Nôke Kôi.

O Instituto Butantan também desmentiu o boato, reforçando a segurança da CoronaVac, já comprovada pelos estudos feitos no ano passado.

"São fake news as mensagens que circulam nas redes afirmando que o indígena Fernando Katukina, do Acre, morreu após tomar a vacina contra covid-19. A médica que o atendeu já negou e disse que a vacina é segura", escreveu o perfil da instituição. 

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