A média móvel de mortes por Covid-19 segue estável no Amazonas pelo quarto dia seguido, com perdas de cerca de 110 vidas por dia. O sistema de saúde do estado, que enfrenta o colapso desde janeiro, questina a redução de financiamento federal para leitos de UTI em momento tão crítico, endossado pelos governadores do consórcio Amazônia Legal.
Os representantes de estados do Norte publicaram, na noite de domingo (7), uma carta aberta nas redes sociais, na qual cobram "a retomada imediata dos leitos de UTI para Covid-19 que estão sendo desabilitados pelo SUS". Além disso, a carta pede a "retomada do auxílio emergencial" para possibilitar à população lidar com as demandas econômicas e sociais de um momento tão crítico da pandemia.
Nesta terça-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicou uma ordem que determina que o ministro da Casa Civil, Braga Netto, deve articular as ações complementares de apoio aos estados mais prejudicados no momento.
São Paulo também sofreu cortes
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também falou sobre o assunto em entrevista coletiva na segunda-feira (8), no Palácio dos Bandeirantes. Segundo ele, a contribuição federal para manutenção dos leitos em São Paulo caiu de 63% para 11,4%.
"São Paulo judicializará essa medida imediatamente no Supremo Tribunal Federal. É um absurdo termos a desabilitação de leitos de UTI pelo Ministério da Saúde, que deveria se antecipar e mantê-los disponíveis", disse o governador.