Após prometer que vacinaria toda a população elegível no país contra a Covid-19 até 2021, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello , se tornou alvo de críticas. A mais recente foi feita pelo diretor do Instituto Butantan , Dimas Covas, nesta sexta-feira (12).
Covas afirmou, durante uma coletiva de imprensa em Serrana (SP) - cidade que terá uma vacinação em massa para testar a efetividade da Coronavac - que faltou o ministro informar "qual é população elegível": "Essa é a grande pergunta".
"Para atingirmos 80% da população, e é o que se esperaria para se obter a chamada imunidade de rebanho, nós teríamos que ter mais ou menos 340 milhões de doses de vacinas. E, neste momento, esse quantitativo, embora numericamente já possa estar contratado pelo ministério, ele ainda não existe, de fato, de forma efetiva ", afirmou Covas.
Ontem, durante participação a convite no Senado para esclarecer as medidas tomadas pelo governo federal para a vacinação da população contra o coronavírus, Pazuello foi pressionado pelos senadores e prometeu que vai " vacinar todo o país em 2021
, sendo 50% até junho e 50% até dezembro".