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Apesar de os estudos sobre a P.1 e seu comportamento ainda estarem no início, os pesquisadores alertam que ela deve ser levada a sério
Foto: Divulgação/Lupacom Comunicação
Apesar de os estudos sobre a P.1 e seu comportamento ainda estarem no início, os pesquisadores alertam que ela deve ser levada a sério

Variantes do novo coronavírus têm sido uma das principais preocupações dos cientistas. Uma das mais faladas atualmente é a brasileira, descoberta em Manaus. Chamada de P.1, ela já foi identificada em 24 países do mundo e, agora, há até uma força-tarefa em busca de um paciente infectado com essa cepa no Reino Unido.

A P.1 foi identificada no fim de dezembro, mas é provável que tenha surgido em novembro e aumentado a disseminação do novo coronavírus rapidamente em Manaus. Desde então, houve pouca pesquisa a respeito dela – diferentemente do que ocorreu com as variantes britânica e sul-africana – e ninguém sabia ainda o quanto devia se preocupar.

Agora, estudos recentes oferecem mais detalhes sobre ela. Ficou claro nas pesquisas que ela dominou Manaus graças a sua maior capacidade de contágio. E mais: ela foi capaz de i nfectar pacientes que já tinham imunidade, obtida depois que eles tiveram a Covid-19.

Em laboratório, a P.1 enfraqueceu o efeito protetor de uma vacina em uso no país – provavelmente a CoronaVac. Os autores reforçam que estudos com células nem sempre têm o mesmo resultado no mundo real. “Os resultados se aplicam a Manaus, mas não sei se seriam os mesmos em outras localidades”, diz Nuno Faria, virologista do Imperial College London.

Apesar de os estudos sobre a P.1 e seu comportamento ainda estarem no início, os pesquisadores alertam que ela deve ser levada a sério. “Esses dados nos mostram que há motivo para preocupação”, avalia William Hanage, epidemiologista da Escola de Saúde Pública Harvard T.H. Chan.

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Medidas de prevenção

A variante brasileira já se espalha pelo resto do Brasil. Para reduzir os riscos de surtos e reinfecções, Faria sugere o dobro de precauções para diminuir a velocidade de disseminação. O uso de máscaras e a prática do distanciamento social são ações que podem proteger contra a cepa.

Paralelamente, a vacinação vai ajudar a controlar a transmissão e proteger os contaminados de infecções graves. “É preciso aumentar os esforços de vacinação o mais rápido possível”, alerta Faria. “É preciso estar um passo à frente do vírus.”

Fonte: NYT

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