Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan
Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan

O Instituto Butantan enviou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) o pedido de autorização para realizar um estudo clínico do soro anti-Covid-19, plasma com anticorpos produzidos por cavalos. O objetivo é diminuir os efeitos da doença nas pessoas infectadas que estão com sintomas graves. 

"O Butantan está desenvolvendo um soro para tratar e curar pacientes com Covid-19. O instituto já protocolou na Anvisa o pedido de autorização para que pacientes possam ser tratados com o soro. A expectativa é a de que já na próxima semana a Anvisa possa autorizar o início desses testes", disse o governador João Doria em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5).

De acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, a autorização permitirá que o soro seja aplicado em pessoas que estão contaminadas pela doença, com o intuito de descobrir qual a dose necessária para obter os efeitos desejados. O estudo é coordenado pelos médicos Esper Kallás e José Medina, da USP.

O soro é feito a partir de um vírus inativado por irradiação, e aplicado em cavalos, que produzem anticorpos do tipo IgG. Estes anticorpos são extraídos do sangue e purificados.

Cerca de 3 mil frascos de soro já estão prontos para o início dos testes em humanos. Após esta etapa, caso apresente a eficácia esperada, o composto poderá ser usado para tratar pacientes infectados com sintomas, visando bloquear o avanço da doença.

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