Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde
Foto: Carolina Antunes/ PR
Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde


As mortes por Covid-19 no Brasil cresceram 26% nos últimos 14 dias, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Arnaldo de Medeiros, secretário de vigilância em Saúde da pasta, informou que o aumento foi de 92.210 óbitos a mais. A informação foi divulgada hoje (12) em nova coletiva de imprensa da pasta. 

Hoje (12), o Brasil registrou pelo 3º dia consecutivo mais de 2 mil mortes por Covid-19, de acordo com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). A média móvel de óbitos nos últimos sete dias voltou a bater recorde e chegou a 1.762 mortes por dia. O total de óbitos desde o início da pandemia já é de 275,1 mil.

De acordo com o conselho, os novos casos confirmados de Covid-19 são 85.663, fazendo o total subir para 11,3 milhões. Nesse caso, a média móvel dos últimos sete dias é de 70.593. A taxa de letalidade no Brasil está em 2,4%.


Remdesivir no Brasil

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Ainda durante a coletiva, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, afirmou que a pasta analisa a possibilidade de incorporar o antiviral remdesivir para tratamento de pacientes com Covid-19 no SUS.

"O ministério está estudando os dados científicos recebidos do laboratório [Gilead Sciences] para uma análise segura e o mais breve possível para que possamos identificar os processos administrativos necessários para disponibilizar para o tratamento dos pacientes acometidos de covid no estágio a que ele deve ser aplicado", afirmou. 

Qual a recomendação de uso do medicamento?

O rendesivir é um medicamento sintético aplicado na veia do paciente, que age impedindo a replicação viral. De acordo com a Anvisa, o antiviral poderá ser utilizado no Brasil em pessoas com idade superior a 12 anos, com pelo menos 40 kg, que estejam com pneumonia e precisem de suplementação de oxigênio.

"É importante destacar que a indicação terapêutica aprovada em bula não se restringe à forma leve, moderada ou grave da doença. Ela está ligada à apresentação da pneumonia com necessidade de suplemento de oxigênio, desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica ou extracorporea", disse Renata Lima Soares, gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia da Anvisa.

A Anvisa informou também que o uso do medicamento está restrito aos hospitais e que o remédio não será comercializado em farmácias brasileiras.

"Esse medicamento auxilia no tempo de hospitalização e no tempo de uso de oxigênio hospitalar. Isso ajuda a desonerar o SUS, desonerar os hospitais, porque o tempo médio de internação diminui com a atuação do medicamento. Não estamos falando de cura, mas é um importante auxílio no enfrentamento dessa situação que estamos vivendo", explicou Gustavo Mendes, diretor-geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, em coletiva de imprensa.

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