O governo do Amazonas reuniu cilindros de oxigênio, doados por causa do colapso no sistema de saúde do estado, para enviar a outros estados do Brasil que atualmente enfrentam escassez do insumo no atendimento a pacientes com Covid-19. De acordo com a gestão estadual essa é a nova fase da "Operação Gratidão", que começou nesta quinta-feira (18).
O Paraná será o primeiro a receber a doação, afirmou a Secretaria de Saúde do Estado. Além dos cilindros, o Amazonas passa a receber pacientes de outras cidades do Brasil. Já estão no estado 12 pacientes de UTI Covid que vieram do Acre e de Rondônia, além de 18 pacientes com quadros leves ou moderados.
"Fizemos verificação in loco junto às unidades de saúde, a verificação desse quantitativo de cilindros de oxigênio disponíveis para a ‘Operação Gratidão’. Diante disso, fizemos parceria com a Polícia Militar e hoje vamos iniciar esse movimento da ‘Operação Gratidão’ enviando esses cilindros de oxigênio para o estado do Paraná”, destacou o secretário executivo de Assistência da Capital da SES-AM (Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas), Jani Kenta, em nota da assessoria de imprensa.
Jani Kenta afirma que ação só foi possível devido ao equilíbrio entre a demanda e o consumo atual de oxigênio no estado, que é de 18 mil metros cúbicos por dia.
"A produção das empresas que produzem oxigênio no Amazonas está em torno de 44 mil metros dia. O estado ainda conta hoje com 37 usinas independentes instaladas em unidades de saúde da rede pública e privada, abrangendo 19 municípios, cuja capacidade de geração é de 17,9 mil metros cúbicos de oxigênio por dia", disse.
De acordo a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, serão enviados pelo Amazonas apenas os cilindros, e não há falta de oxigênio no estado. Ainda não há previsão de quando os cilindros chegam ao Paraná, nem informações de como será feito o transporte.