Pesquisadores relacionam gravidez e puerpério, período popularmente conhecido como resguardo, a um maior risco de complicações por Covid-19
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Pesquisadores relacionam gravidez e puerpério, período popularmente conhecido como resguardo, a um maior risco de complicações por Covid-19

A média semanal de mortes de gestantes e puérperas (mulheres no pós-parto) por Covid-19 mais que duplicou em 2021 em comparação a 2020: passou de 10,4 para 22,2, o que representa um salto de 113,4%. Foram 289 mortes maternas em 13 semanas de 2021 enquanto o ano passado acumulou 449 mortes durante 43 semanas de pandemia.

Pesquisadores relacionam gravidez e puerpério, período popularmente conhecido como resguardo, a um maior risco de complicações por Covid-19. No entanto, a principal causa apontada para esses dados é a falta de assistência a essas mulheres: 22,6% das que morreram sequer chegaram à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 33,3% não foram intubadas.

Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro Covid-19 (OOBr Covid-19), realizado pela Universidade de São Paulo (USP) e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), e do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

Desde o início da pandemia até 7 de abril, 9.479 gestantes e puérperas foram internadas por causa da Covid-19, das quais 738 morreram. A taxa de mortalidade nesses casos é de 7,78%. Se considerados os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), foram 9.784 registros e 250 vidas perdidas. As internações foram registradas em 977 cidades.

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Em Roraima, 88% das grávidas e puéperas que foram para a terapia intensiva com Covid-19 morreram. Rio Grande do Norte e Maranhão registraram 68% e 64%, respectivamente. O Distrito Federal, por sua vez, tem a menor taxa do país nesse tipo de caso: 15%.

Entre as mães infectadas que não conseguiram chegar à UTI, o maior índice foi registrado no Pará (46%), seguido pelo Tocantins (43%). Acre e Alagoas não registraram esse tipo de ocorrência, de acordo com o levantamento.

Santa Catarina tem a maior taxa de óbitos entre as gestantes e puérperas que não conseguiram ser intubadas: 62%. Depois, vêm Mato Grosso do Sul (58%) e Pará (53%).

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