A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa
) aprovou
na manhã desta terça-feira (20) o uso emergencial de um coquetel
de dois medicamentos - casirivimabe e imdevimabe - contra a Covid-19. A utilização será realizada em pacientes de "alto risco" e que apresentem comorbidades
como diabetes, obesidade, idade avançada e estado ambulatorial.
O estudo apresentado mostra que a junção
dos dois medicamentos reduziu
em 70,4% o tempo de internação
dos pacientes e de mortes em pacientes ambulatoriais sintomáticos. As drogas
casirivimabe e imdevimabe são chamados de 'anticorpos monoclonais' e costumam ser utilizados
para tratar câncer
e doenças autoimunes.
Meiruze Freitas, relatora e diretora
da Anvisa, ponderou que a agência não está autorizando o uso para a prevenção
do novo coronavírus, mas sim para atenuar
os sintomas daqueles que já foram acometidos
pela doença. Outro ponto levantado é a imunização
. Aqueles que forem medicados com o coquetel devem aguardar
90 dias para receber a vacina.
De acordo com Gustavo Mendes, gerente
da Gerência Geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, "o uso reduziu
a carga viral, o que é uma achado
importante. O perfil de segurança
também foi bem aceitado". O profissional explica que os dois medicamentos se acoplam na coroa
do vírus, impedindo
a sua entrada nas células e se multipliquem
no corpo do paciente.
Segundo a Anvisa, mesmo sem dados
clínicos da avaliação em novas variantes detectadas
no país, os benefícios superam os riscos. Novos relatórios e balanços do coquetel serão atualizados
conforme os estudos avançarem.
É o segundo
tratamento aprovado pela Anvisa. Antes deste coquetel, o Rendesivir
havia sido autorizado a ser prescrito no tratamento
contra a covid-19.