Nesta segunda-feira (26), o Ministério da Saúde mudou sua orientação sobre o armazenamento de vacinas. Diante das dificuldades na entrega das doses de CoronaVac, a pasta pediu aos municípios que armazenem quantidade suficiente para garantir a aplicação da segunda dose.
Queiroga disse, mais cedo, que há uma certa "dificuldade" no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose
da CoronaVac. Nas últimas semanas, municípios de Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Paraíba limitaram ou suspenderam a imunização por falta de doses para a segunda aplicação.
"Tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem e agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose", admitiu Queiroga em uma sessão da comissão do Senado que discute medidas de combate à doença.
No dia 21 de março, o Ministério da Saúde mudou a orientação e autorizou que todas as vacinas armazenadas pelos estados e municípios para garantir a segunda dose fossem utilizadas imediatamente como primeira dose.
Somente em 2021, foram contabilizadas 195.949 mortes pelo Covid-19. O número de 2021 supera todos os óbitos pela doença registrados em 2020: 194.976. "O número de óbitos no ano de 2021 hoje supera o número de óbitos que ocorreu no ano de 2020 inteiro, mostrando a gravidade dessa doença e a necessidade de adoção de medidas que sejam eficazes para vencermos essa situação grave na saúde pública nacional", declarou Queiroga no Senado.
O ministro da Saúde defendeu algumas medidas de prevenção. "Claro que não é só a vacinação. Eu tenho, desde o primeiro dia que assumi o cargo, reiterado a importância das chamadas medidas 'não farmacológicas', como o uso de máscaras, o distanciamento social", pontuou.