Kirill Dmitriev
Foto: Greg Beadle/World Economic Forum
Kirill Dmitriev

O diretor do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), Kirill Dmitriev, classificou a decisão de negar a importação da Sputnik V ao Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como resultado de uma possível pressão política externa para "não deixar a Sputnik entrar no país".

"Acreditamos que a única motivação verdadeira para a decisão da Anvisa é a pressão política", afirmou, em referência à admissão do governo dos Estados Unidos de ter pressionado o Brasil contra a compra da Sputnik V. "Gostaria de dar parabéns ao governo norte-americano, porque o objetivo deles provavelmente se concretizou agora", disse.

O diretor do fundo russo disse ainda que a Anvisa é antiprofissional e mentirosa ao divulgar, segundo ele, informações falsas sobre a vacina russa. Dmitriev argumenta que a vacina já foi aceita em 62 países e caminha para ser aprovada em Bangladesh. "É muita injustiça e falta de profissionalismo da Anvisa lançar luz de incertezas contra o trabalho de outras 63 agências reguladoras que aprovaram a nossa vacina", pontuou.

O RDIF espera que a Anvisa reconsidere a decisão, caso contrário, o Brasil não será mais uma prioridade. "Entendemos se o Brasil não quiser a nossa vacina, mas o processo deve ser claro. Se não quiserem, tudo bem. Iremos priorizar outros países", declarou Dmitriev.

Ontem (26), a Anvisa nego a permissão para importação e uso emergencial excepcional para dez estados comprarem a vacina Sputnik V. Os técnicos da agência justificaram a posição ao mostrar que identificaram falhas no desenvolvimento da vacina russa e na qualidade e na segurança do imunizante.

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