O Ministério da Saúde publicou, nesta terça-feira (27), uma nova nota técnica que orienta a população a tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado.
Atualmente, o Brasil utiliza duas vacinas estão no Programa Nacional de Imunizações (PNI), a CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com o laboratório chinês Sinovac, que deve ser administrada em um intervalo de quatro semanas, e AstraZeneca/Fiocruz, com intervalo de 12 semanas.
"Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença", declarou o Ministério da Saúde, por meio de nota.
A pasta também afirmou que é "improvável que intervalos aumentados entre as doses das vacinas ocasionem a redução na eficácia do esquema vacinal". No entanto, ressalta que os atrasos devem ser evitados.
Nesta segunda-feira (26), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga,
admitiu que existem dificuldades no fornecimento de vacinas para aplicação da segunda dose da CoronaVac.
"O que tem nos causado certa preocupação a CoronaVac, a segunda dose. Tem sido um pedido de governadores, de prefeitos, porque, se os senhores lembram, cerca de um mês atrás se liberou as segundas doses para que se aplicassem. E agora, em face de retardo de insumo vindo da China para o Butantan, há uma dificuldade com essa 2ª dose", declarou Queiroga, em uma sessão no Senado que discutia medidas de combate à Covid-19.