O Instituto Butantan iniciou às obras para a construção de seu novo Centro Avançado de Produção de Soros
e do futuro Museu da Vacina da instituição.
De acordo com o órgão, o novo centro de soros, que deve ficar pronto em 2023, permitirá a produção industrial completa, em uma única planta, de todos os soros que o instituto disponibiliza contra toxinas de animais peçonhentos
e microrganismos. Já o Museu da Vacina será inaugurado em 2022 e aberto para visitação do público.
O investimento foi de 34,5 milhões e o projeto do novo centro de soros prevê um espaço 6,6 mil m² com cinco pavimentos, que contemplará desde o processamento do plasma até o envasamento dos frascos.
A nova fábrica também contará com um liofilizador, que permitirá que os produtos líquidos sejam desidratados e transformados em pó, mantendo as propriedades neutralizantes dos soros mesmo sem refrigeração. A finalização da obra está prevista para 2023.
Há mais de um século, o Butantan produz diversos tipos de soros contra toxinas de animais peçonhentos e microrganismos. Atualmente o Instituto disponibiliza 12 tipos de soros ao sistema público de saúde, a partir de acordos de fornecimento com o Ministério da Saúde.
Sua produção envolve a imunização de cavalos com antígenos produzidos a partir de venenos, toxinas bacterianas ou vírus, a obtenção de diferentes tipos de plasma, que são submetidos a processamento industrial de purificação, formulação e envase, resultando em produtos de alta qualidade, segurança e eficácia.
Museu da Vacina
"O projeto em desenvolvimento do Museu da Vacina visa criar um espaço cultural que instigue o interesse pela ciência e pesquisa através do tema vacinação, além de contar a história e reforçar a importância da imunização no país e no mundo. Entre as atividades serão realizadas também exposições interativas, atividades complementares e palestras", diz o Butantan.
Para a restauração dos 309 metros quadrados estão sendo investidos R$ 2,6 milhões. O local onde o museu funcionará é uma edificação histórica, construída no fim do século 19, e utilizada inicialmente como sede da Fazenda Butantan na produção de leite bovino distribuído na cidade antes mesmo da criação do Instituto.
Este será o quinto museu do Instituto Butantan, que hoje possui também o de Microbiologia, Biológico, Histórico e de Saúde Pública (Emílio Ribas).