Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde do governo de São Paulo
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
Jean Gorinchteyn, secretário da Saúde do governo de São Paulo

Um dia após pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) anunciarem a descoberta de uma  nova variante do coronavírus,  em amostras coletadas no município de Porto Ferreira, no interior paulista, o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, explicou que é uma variante menos periosa.

Batizada como P.4, por derivar da mesma linhagem que deu origem à P.1, identificada inicialmente em Manaus, a nova cepa já foi encontrada em amostras de outros 20 municípios de São Paulo.

Em coletiva de imprensa, realizada nesta quarta-feira (26), o secretário afirmou que o governo faz o acompanhamento diário várias regiões do estado. "Nós temos detectadas outras dezenas de variantes, até porque fazemos de forma aleatória um acompanhamento em várias regiões do estado de amostras colhidas de RT-PCR. Tem realmente uma importância epidemiógica, com risco maior, a cepa indiana, do Reino Unido, do Amazonas, já essa que foi identificada em algumas regiões de São Paulo merece uma atenção, diferente das outras, porque não evidenciou uma infectividade alta, transmissividade ou impacto de casos mais graves ou fatais", esclareceu o médico.

Entenda

O pesquisador e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, João Pessoa Araújo Júnior, anunciou, nesta terça-feira (25), que identificou uma nova variante da Covid-19, a variante P.4. Segundo o especialista, a origem ainda é desconhecida, mas ela foi identificada primeiro em Mococa, no interior de São Paulo, e tem alta circulação em Porto Ferreira.

Ainda segundo ele, não é possível saber se a variante é mais contagiosa ou perigosa do que o vírus 'comum'. "Essa nova variante é parente da P.1, porque ela tem a mesma origem, a origem é a B.1.1.28, que é uma linhagem que deu origem a P.1, a P.2, que foi identificada no Rio de Janeiro, a P.3, que foi identificada nas Filipinas. E agora foi identificada a P.4, que tem origem ainda desconhecida, mas ela foi primeiramente reconhecida no leste de São Paulo, primeiramente em Mococa, depois nós vimos uma alta frequência dela na cidade de Porto Ferreira, onde nós concentramos o nosso estudo", afirmou o pesquisador, em entrevista ao portal G1.

"Ela está num ambiente onde a P.1 predomina, onde a variante britânica predomina também, mas ela está subindo com uma frequência que nos preocupa muito. Então, isso foi reconhecido pelo GISAID e agora, com esse nome, a gente vai ter condição de acompanhar melhor qual vai ser a disseminação dele e a gente quase que implora para os órgãos competentes de saúde para olhar com mais cuidado para essa região, pra gente minimizar a transmissão dessa variante P.4. pra outras regiões, como aconteceu com a variante P.1", completou o pesquisador.

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