SÃO PAULO - O Dia D de vacinação contra a Covid promovido pelo governo de São Paulo neste sábado terminou longe de resolver o problema do grande número de faltosos na segunda dose. No estado, mesmo após essa ação, criada especialmente para chamar a atenção desse público, eles ainda somam 333.990, segundo a secretaria da Saúde.
O balanço do mutirão, divulgado pela pasta no começo da noite deste sábado, registra que foram aplicadas 119.450 doses de vacina ao longo do dia em mais de 5 mil postos espalhados pelo estado. Dessas, 92.569 foram primeiras doses. Assim, só completaram o seu esquema vacinal com a segunda dose 26.881 pessoas.
São considerados faltosos aqueles que já passaram dos prazos recomendados entre a primeira e a segunda doses. O espaçamento é de 28 dias para a vacina CoronaVac (Butantan) e de 12 semanas para a de Oxford/Astrazeneca (Fiocruz).
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Respeitar essas datas é muito importante para garantir uma imunização segura, já que foram assim que esses produtos mostraram bons resultados durante os estudos. Para intervalos diferentes, não há pesquisas que mostrem a eficácia que pode ser atingida, ainda que os especialistas destaquem aos atrasados que o retorno sempre vale a pena e deve acontecer a qualquer momento depois do prazo.
“Quem não conseguiu ir hoje a um posto e ainda está com a segunda dose em atraso pode procurar a rede de saúde nos próximos dias e completar seu esquema vacinal”, alertou Tatiana Lang D’Agostini, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, em nota à imprensa.
Este Dia D foi anunciado no estado em 28 de maio. Na data, o levantamento da Secretaria de Estado da Saúde contabilizava 501.693 pessoas atrasadas para a segunda dose. Entre elas, 212.403 precisavam retornar para tomar a vacina da AstraZeneca, e 289.290 tinham pendências no calendário da CoronaVac. Na ocasião, 80% dos faltosos eram idosos de 80 a 89 anos. Os demais, segundo o governo, eram profissionais de saúde.