A AstraZeneca
anunciou nesta segunda-feira (11) que o medicamento experimental contra o novo coronavírus desenvolvido pela farmacêutica ajudou a reduzir o risco de doença grave e morte de pacientes. No estágio final do estudo, o coquetel de dois anticorpos denominado AZD7442 reduziu em 50% o risco de desenvolver Covid-19 de forma grave ou a morte em pessoas que não foram hospitalizadas. O grupo havia apresentado sintomas por sete dias ou menos.
O medicamento é administrado por injeção e poderá ser o primeiro utilizado ao mesmo como forma de prevenção e tratamento de infecções por coronavírus. Ele também seria uma alternativa para pessoas que não apresentam uma resposta imunológica forte após a aplicação de vacinas.
"Esses resultados positivos mostram que uma dose intramuscular de AZD7442 pode desempenhar um papel importante no combate a essa pandemia devastadora", disse Hugh Montgomery, o principal pesquisador do estudo, em comunicado.
A empresa confirmou que solicitou na semana passada autorização de uso emergencial para o AZD7442 nos Estados Unidos e que já está enviando dados de vários estudos sobre o coquetel para agências reguladoras de outros países.
O estudo foi realizado em 13 países e envolveu mais de 900 participantes adultos. Metade recebeu o medicameneto e a outra parcela, placebo. Os resultados completos serão submetidos para publicação em periódico científico revisado por pares.