A variante ômicron tem causado um aumento dos casos de reinfecção por Covid-19 na África do Sul. Os sintomas nesses casos, porém, mostram-se mais leves. O mesmo quadro se aplica às pessoas já vacinadas contra o vírus.
"Infecções anteriores [pela Covid-19] costumavam proteger contra a delta, mas com a ômicron isso parece que não ocorre", afirmou a microbiologista Anne von Gottber, do instituto nacional de saúde pública sul-africano, durante reunião organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta quinta-feira (2).
Gottber acredita que a doença deve ter efeitos mais leves na ocorrência de reinfecções causadas pela ômicron, assim como em quem já está imunizado. "Isso é o que estamos tentando mostrar e monitorar de forma muito cuidadosa na África do Sul", afirmou.
A nova cepa tem preocupado autoridades e cidadãos ao redor do mundo desde que foi anunciada pela primeira vez à OMS no último dia 24. Para a instituição, a probabilidade de que a variante ômicron se propague pelo mundo é elevada. Após ser inicialmente detectada na África do Sul, a ômicron já foi detectada nos cinco continentes.
No Brasil, por enquanto, são três os casos confirmados de infectados pela nova cepa. Todos ocorreram fora do país.
Dois deles são missionários, um homem de 41 anos e uma mulher de 37. Eles desembarcaram em Guarulhos, no último dia 23, vindo da África do Sul. Ambos foram a um laboratório do terminal do aeroporto e testaram positivo para a Covid. O casal está isolado na casa de parentes na capital paulista.
O terceiro caso é um rapaz de 29 anos que testou positivo para Covid após retornar da Etiópia, no fim da semana —ele passou pela África do Sul, onde houve as primeiras confirmações de infecção pela nova cepa. Ele cumpre isolamento em Guarulhos.
Os três infectados estão assintomáticos e já haviam sido vacinados contra o novo coronavírus, segundo a Secretaria de Estado de Saúde.