O governador de São Paulo, João Doria, disse neste sábado (4) que manterá a antecipação da aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, contrariando a orientação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). No estado, a terceira dose será aplicada quatro meses após o ciclo completo inicial de vacinação, e não em cinco, como recomenda a autarquia.
Na sexta-feira (3) a Anvisa pediu, por meio de nota oficial, pediu que o governo de São Paulo reavaliasse a decisão. Questionado, o tucano disse que e resolução está mandita.
“São Paulo vai seguir orientação do Comitê Científico, que define as medidas de combate à pandemia desde o primeiro caso de Covid no estado. A Anvisa não tem poder de determinar e proibir decisões estaduais. O Supremo Tribunal Federal ratificou recentemente que cabem aos estados definir as políticas de vacinação e de saúde”, disse o governador.
A Anvisa recomenda a aplicação da dose de reforço após um intervalo mínimo de seis meses. O Ministério da Saúde, por sua vez, orientou a aplicação após o período de cinco meses.
“No momento, não sabemos se os benefícios superam os riscos para o uso de reforço no intervalo de quatro meses para todos os adultos com 18 anos ou mais, independentemente da vacina ofertada e do esquema vacinal primário”, afirmou a Anvisa.
Segundo a gestão estadual, a redução no prazo poderia ajudar no combate à nova variante, a Ômicron.