Dados da OMS apontam o Brasil como segundo país da América com mais casos de depressão, com 5.8% da população , atrás apenas dos Estados Unidos, com 5,9%. A depressão é uma alteração química no cérebro , que afeta principalmente os neurotransmissores serotonina, noradrenalina e dopamina, esta última em menor proporção. Essas substâncias transmitem impulsos nervosos nas células.
A doença tem características genéticas , o que faz com que indivíduos que já tenham algum parente depressivo tenham mais chance de desenvolve-la ao longo da vida. Porém, essa predisposição não implica que o indivíduo vá desenvolver a doença.
Fatores como a p ersonalidade, acontecimentos estressantes, traumas como abuso sexual ou emocional podem aumentar a vulnerabilidade psicológica, levando a depressão. Também é importante ressaltar que cerca de 30% dos indivíduos com vícios em substâncias químicas como álcool, cigarro e drogas apresentam quadros de depressão.
Quais os sintomas da depressão
Além da falta de interesse e prazer diminuídos para realizar as atividades, a depressão pode apresentar os seguintes sintomas emocionais e físicos : perda ou aumento de apetite, alto grau de pessimismo, indecisão, insegurança, insônia ou sonolência excessiva, esquecimento, ansiedade, angústia, problemas psicomotores (agitação ou apatia psicomotora), fadiga ou perda de energia constante, culpa excessiva (acompanhado do sentimento permanente de culpa e inutilidade), dificuldade de concentração e raciocínio mais lento, ideias suicidas, baixa autoestima, alteração de libido, dores de barriga, azia, dores de cabeça, pressão no peito e queda de imunidade.
Diagnóstico e tratamento
Caso a pessoa esteja vivenciando tristeza excessiva , se sentindo desanimada e sem motivação para realizar as atividades do dia a dia pode ser interessante procurar um profissional de saúde. O diagnóstico é feito com base nos sintomas apresentados e em como o paciente se apresenta física e emocionalmente no momento e através de uma breve análise de seu histórico de vida e familiar.
Você viu?
Caso seja identificada a depressão, o profissional ainda irá avaliar como l eve, moderada ou grave, podendo assim indicar o melhor tratamento. Os quadros leves costumam responder bem ao tratamento psicoterápico , enquanto nos mais graves é indicado o uso de antidepressivos , cujo objetivo é tirar o paciente da crise. A combinação entre a terapia e a medicação é a que traz os melhores resultados.
Os antidepressivos costumam levar de uma a quatro semanas para funcionar e podem gerar efeitos colaterais como constipação, boca seca, problemas sexuais, ganho de peso, náuseas, sonolência ou insônia. Porém, com o avanço da medicina possibilitou medicamentos que funcionam com excelência e não causam dependência .
É importante também ressaltar que atividades físicas podem auxiliar o tratamento de um transtorno depressivo, pois estimulam a produção de serotonina e dopamina, dois neurotransmissores que geram alívio nos sintomas da depressão.
Para participar da Semana da Saúde e obter informações, inscreva-se neste formulário e ainda ganhe 5 e-books, sobre os temas da Semana, gratuitamente, sem sorteio: