Gastar muito tempo sentado é pode ser ruim para o seu coração, segundo apontou o estudo publicado no International Journal of Obesity. A pesquisa encontrou uma ligação entre o trabalho sedentário, gordura extra na região abdominal e a probabilidade de doenças cardiovasculares.

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Trabalhos que fazem ficar muito tempo sentado aumenta chances de doenças cardíacas
BBC
Trabalhos que fazem ficar muito tempo sentado aumenta chances de doenças cardíacas

 Mas se você é daqueles que trabalha em escritório, mas preza para uma vida saudável não precisa ficar desesperado. Tem um jeito de impedir que as doenças cardíacas não aconteçam: para compensar, é preciso caminhar pelo menos 11 quilômetros por dia, ou passar sete horas em pé.

A pesquisa, que ocorreu entre setembro de 2006 e setembro de 2007, envolvendo voluntários do Royal Mail em Glasgow, envolveu 111 profissionais do correio, saudáveis, que foram equipados com monitores de atividade durante sete dias. Entre eles, 55 trabalhavam no escritório e 56 entregavam cartas nas ruas, e andavam o expediente todo.

O estudo revelou que aqueles que tinham ficavam sentados, no escritório, registaram uma circunferência na cintura maior: 97 centímetros, sendo que os que passavam o dia todo se movimentando tinha uma média de 94 centímetros. Além disso, apresentaram uma diferença de uma unidade de índice de massa corporal.

Fora os aspectos físicos, quem trabalhava dentro da empresa também tinha um risco mais elevado de adquirir uma doença cardiovascular: 2,2% a mais de chance em comparação com 1,6%, considerando um período de 10 anos.

A pesquisa também aponta que a circunferência da cintura pode aumentar em dois centímetros, e o risco de doenças cardiovasculares em 0,2%, para cada hora adicional que a pessoa ficar sentada.

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Caminhar pode previnir as doenças cardíacas

O doutor William Tigbe, da Warwick Medical School da Universidade de Warwick, que liderou a análise, ponderou que mais tempo gasto em um trabalho sedentário significa uma barriga maior, triglicérides mais elevados, diminuição do colesterol ‘bom’, até o pior, que é o risco de doença cardíaca. "Quem não apresentou nenhum tipo de alteração negativa estava dando  mais de 15.000 passos por dia, o que equivale a andar de 11 quilômetros, ou passar sete horas por dia em pé”, afirmou ele.

O pesquisador acredita que as descobertas podem ser usadas como base de novos objetos de estudo para a saúde pública. "Contudo, os níveis sugeridos em nossa pesquisa seriam muito desafiadores se não fossem incorporados nas ocupações das pessoas", declarou Tigbe.

Os participantes do estudo usaram um pequeno monitor de atividade física, que ficava preso à coxa, por sete dias. Eles também tiveram seu peso, altura e pressão arterial medida, e até amostras de sangue recolhidas.

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