Na última semana, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou a morte de três pessoas por febre amarela na Grande São Paulo , e ainda ressaltou que outra pessoa, uma mulher de 27 anos, encontra-se internada no Hospital das Clínicas por conta da doença, em estado grave. Esse é o cenário do estado, que já conta com mais de 20 parques fechados só na capital , onde foram encontrados indícios da doença com a morte de macacos.
Questionado sobre as medidas de prevenção da doença, o governador da cidade, Geraldo Alckmin, fez questão de ressaltar nesta segunda-feira (8) que não está faltando vacina contra a febre amarela em São Paulo.
“Só em Guarulhos já foram vacinadas 290 mil pessoas, em praticamente dois meses. Não falta vacina. Se precisar, o Ministério da Saúde vai até autorizar o fracionamento [da vacina]. As pessoas próximas de mata ou que viajem para locais próximos de mata devem ser vacinadas dez dias antes [da viagem]. Não adianta vacinar no mesmo dia. A vacina é eficaz”, disse o governador, dando ênfase para o fato de que nenhum dos casos de febre amarela no Brasil são de febre amarela urbana, ou seja, transmitida pelo Aedes aegypti.
Pela manhã, Alckmin já havia concedido entrevistas sobre o tema e disse que o estado vai intensificar a vacinação, mas alertou que a população de São Paulo não precisa entrar em pânico.
Também nesta manhã, a secretaria estadual de Saúde informou que vai dar continuidade à vacinação em todo o estado, com intensificação nas áreas mais afetadas, dando prioridade aos corredores ecológicos, a exemplo das ações realizadas no ano passado, nas zonas norte e sul da capital paulista e nas regiões de Alto Tietê, Osasco e Jundiaí. Nessas áreas a recomendação é de uma cobertura de 80%.
O surto de febre amarela no estado de São Paulo já provocou 29 casos autóctones silvestres, quando a transmissão é feita por mosquitos que vivem em matas e na beira dos rios, sendo 13 deles evoluindo para óbito, conforme foi informado pela Secretaria Estadual de Saúde.
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Situação ambiental
O governador falou com a imprensa logo depois de ter se reunido no Palácio dos Bandeirantes com o prefeito de São Paulo, João Doria, e com o prefeito de Guarulhos, Gustavo Costa, o Guti. Segundo o governador, na reunião, eles discutiram “a preservação ambiental, especialmente da Serra da Cantareira”.
“Temos verificado novas ocupações [na Cantareira]. Então o objetivo da reunião foi esse congelamento, ou seja, não permitir novas ocupações. Depois vamos verificar uma solução habitacional para as ocupações que já ocorreram”, disse ele. Segundo o Alckmin, a ação pretende, além de preservar o meio ambiente, evitar risco para as pessoas que vivem nestas ocupações. “Queremos evitar que famílias fiquem em área de risco, colocando em risco suas próprias vidas”. Cerca de 700 famílias vivem atualmente em ocupações instaladas pela Serra da Cantareira nas cidades de Guarulhos e São Paulo.
Segundo o governador, esse trabalho vai começar na área que fica entre Guarulhos e São Paulo, mas há a intenção de que também se façam ações para evitar ocupações ao longo de toda a rodovia Fernão Dias, que liga São Paulo a Minas Gerais.
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*Com informações da Agência Brasil