Uma criança de 10 anos morreu com suspeita de raiva humana no Pará na tarde desta sexta-feira (1º). Ela estava internada no Hospital Santa Casa em Belém, mas não resistiu e faleceu antes mesmo de os exames de sangue ficarem prontos.
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O diagnóstico de raiva humana
na criança, por enquanto, não está confirmado. Contudo, a suspeita acontece depois 14 notificações da doença, 11 mortes – sendo que sete casos foram confirmados em laboratórios do município de Melgaço, localizado no arquipélago de Marajó.
Desses sete pacientes confirmados com a doença, seis morreram e um continua internado em estado grave no Hospital Regional de Breves. A pessoa apresenta sintomas diversos como febre, dificuldade de respirar, dor de cabeça, dor abdominal e sinais neurológicos tais como convulsão, desorientação e sensibilidade a sons.
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Essa não é a primeira vez que há mortes por causa de raiva na região Norte do País. No ano passado, duas crianças de uma mesma família morreram após serem mordidas por um morcego hematófago
– ou seja, que se alimenta de sangue. Além das duas vítimas, o irmão delas sobreviveu, mas permaneceu com graves sequelas por causa da doença.
Situação de alerta no Pará
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) fez um alerta epidemiológico de raiva humana para os 13 Centros Regionais de Saúde do estado, pedindo que a identificação precoce seja intensificada. O município onde todos os casos foram notificados irá receber R$ 90 mil mensais para prevenir novos casos.
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Ao menos cinco mil doses de vacina antirrábicas e mais 600 frascos de soros antirrábicos foram entregues a Melgaço. A população também vai receber mosquiteiros para proteção contra os animais transmissores.
Transmissão da raiva humana
A doença é transmitida por mordida, lambida ou arranhões provocados por animais infectados, geralmente morcegos. A raiva humana é uma condição de difícil tratamento e a principal forma de prevenção é a vacina, que não está prevista no calendário obrigatório.
*Com informações da Agência Brasil