A campanha de vacinação contra febre amarela na cidade de São Paulo será ampliada. Os munícipes que ainda não receberam a dose terão até dia 30 de junho para se imunizar nos postos de saúde da capita paulista.
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Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, desde setembro do ano passado foram vacinadas contra febre amarela 6,5 milhões de pessoas na cidade, o que representa 56,1% da população. Contudo, a meta é vacinar 95% dos moradores.
“Quando a campanha começou, no ano passado, nosso foco eram as regiões de mata com condições para a permanência dos mosquitos que transmitem a febre amarela. Tivemos uma boa cobertura nas regiões Norte e Sul, mas agora precisamos intensificar também nas outras áreas da cidade, já que há grande circulação de pessoas tanto dentro da capital como para outras cidades com a circulação do vírus”, disse o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara.
A vacina está disponível em todas as unidades de saúde da cidade. Para receber a dose é preciso levar documento de identificação e, se possível, a carteira de vacinação e o cartão Sistema Único de Saúde (SUS). Para saber a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de seu endereço, basta consultar o Busca Saúde.
A vacina não é recomendada para crianças menores de 9 meses de idade, gestantes, mulheres amamentando crianças com até seis meses e pacientes com imunodepressão de qualquer natureza.
Tira-dúvidas
A vacina é segura?
Sim. Ela estimula a produção de uma reposta imune que constitui a defesa necessária contra a febre amarela com detecção de anticorpos neutralizantes em 90% dos vacinados já no 10º dia e em mais de 99% após 4 semanas da vacinação.
Quem deve se vacinar?
Receberão a vacina crianças a partir de 9 meses de idade até adultos com 59 anos de idade. Pessoas com 60 anos de idade ou mais só devem receber a dose se residirem ou forem se deslocar para áreas com transmissão ativa da doença.
Pessoas deste grupo etário deverão ser avaliadas antes da realização da vacinação. Gestantes (em qualquer idade gestacional) e mulheres amamentando só devem ser vacinadas se residirem em local próximo ao que ocorreu a confirmação de circulação do vírus (presença da doença em animais, em humanos e presença de vetores na área afetada).
Mulheres que estiverem amamentando, caso tenham que ser vacinadas, recomenda-se suspender o aleitamento materno por 10 dias após a vacinação, nos casos de lactentes menores de 6 meses de idade. A idade mínima para vacinação fica sendo a de 9 meses de idade.
“Enfatizamos que, de acordo com as novas recomendações, as pessoas que já receberam uma dose da vacina anteriormente são consideradas vacinadas, não havendo necessidade de novas doses”, informa a SBD-A.
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Quem não pode se vacinar?
- Pessoas com histórico de reação anafilática - reação alérgica grave e imediata -, relacionada a substâncias presentes na vacina, como ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina, etc.
- Bebês com idade abaixo de 6 meses
- Pessoas com doenças que comprometam a imunidade, como infecção por HIV sintomática, disfunções do timo associadas com função imune alterada, Imunodeficiências primárias, câncer, pacientes em terapêutica imunodepressora: quimioterapia, radioterapia, corticóide em doses elevadas.
Quais são os efeitos colaterais da vacina?
Você viu?
A SBD-A alerta que é possível perceber que em 4% dos adultos observam-se efeitos como dores no local da aplicação, com duração de um ou dois dias, geralmente de intensidade leve a moderada. Manifestações como febre, dor de cabeça e muscular também são raras, apenas 4% dos vacinados pela primeira vez e menos de 2% para quem toma a segunda dose.
Quanto tempo demora para fazer efeito?
O Ministério da Saúde recomenda que a vacina seja administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez.
Qual a diferença entre dose fracionada e dose padrão?
O Ministério da Saúde afirmou que a dose fracionada tem mostrado a mesma proteção que a dose padrão. Segundo a pasta, a única diferença está no volume: a dose padrão tem 0,5 Ml, enquanto a dose fracionada tem 0,1 Ml. É isso que faz com que o tempo de duração da proteção seja diferente.
Atualmente, o Ministério da Saúde utiliza a dose padrão da vacina de febre amarela. Porém, em alguns estados serão adotadas as doses fracionadas, que representam 1/5 da dose padrão. Um frasco com 5 doses da vacina de febre amarela, por exemplo, pode vacinar 25 pessoas e um frasco com 10 doses pode vacinar 50 pessoas.
No início de janeiro deste ano o Ministério da Saúde anunciou que 75 municípios de São Paulo, do Rio de Janeiro e da Bahia irão adotar campanhas de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas . A decisão, segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, foi tomada mediante recomendação e autorização da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por quanto tempo a vacina fracionada protege? E a dose padrão?
A dose padrão protege por toda a vida, enquanto a dose fracionada protege por pelo menos oito anos, segundo estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos/Fiocruz).
Quem já tomou a vacina contra a febre amarela deve se vacinar novamente?
Não. Uma dose já é o suficiente para proteger por toda a vida. Mesmo quem tomou uma dose há mais de dez anos e foi orientado a tomar uma dose de reforço depois desse período.
O Ministério da Saúde esclarece que desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Apenas crianças de 9 meses a 5 anos de idade que já receberam a dose devem receber o reforço após os 5 anos.
Além da vacina, quais outras formas de evitar a febre amarela?
Existem algumas condutas que podem e devem ser adotadas pela população para se proteger, como o uso de repelentes, mosquiteiros e roupas de mangas compridas que são métodos relevantes e eficazes para controlar a proliferação da febre amarela.
Em relação aos repelentes, produtos contendo DEET, Icaridina ou IR3535 oferecem proteção contra picadas de mosquitos incluindo o Aedes aegypti, com eficácia e duração de ação variadas e indicações específicas.
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