Mais de 1,5 mil casos de sarampo foram confirmados no país, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (5). O levantamento, consolidado a partir de informações das secretarias estaduais, ainda apontou que 7.513 situações estão em investigação.
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O surto da doença afeta dois estados, o Amazonas, com 1.232 casos de sarampo confirmados; e Roraima, com 301, sendo que 74 ainda estão sendo investigados.
De acordo com o governo federal, a proliferação da doença nessas regiões está relacionada à importação “já que o genótipo do vírus (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017”.
Alguns casos isolados e relacionados à importação também foram identificados em São Paulo (2), no Rio de Janeiro (18), no Rio Grande do Sul (18), em Rondônia (2), Pernambuco (4) e no Pará (2).
“O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário aos estados. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados”, diz nota do ministério.
Pelo balanço atualizado, oito pessoas morreram por sarampo
em Roraima, sendo três estrangeiros e um brasileiro, e quatro no Amazonas, todos brasileiros.
Campanha de vacinação deve diminuir casos de sarampo
O Ministério da Saúde prorrogou até 14 de setembro a Campanha Nacional de Vacinação contra Pólio e Sarampo. A meta da pasta, que era de vacinar 95% das crianças entre 1 e 4 anos e 11 meses, não foi atingida pela maioria dos estados, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (3).
“Estamos dando mais uma oportunidade para que essas crianças recebam a vacina contra sarampo e pólio. Vinte estados ainda não atingiram a meta da campanha. É preciso que os gestores de saúde, bem como pais e responsáveis, se conscientizem da importância da vacinação contra essas doenças", declarou o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.
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"Para estarmos protegidos contra a pólio e sarampo é preciso atingir a meta de 95% nacionalmente”, completou o ministro.
A meta foi atingida em apenas sete estados. São eles: Amapá, Santa Catarina, Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Sergipe e Maranhão.
Já as outras unidades federativas e municípios que não conseguiram chegar neste percentual devem manter a campanha de vacinação por mais 15 dias. A média de vacinação nacional contra sarampo e pólio está em 88%.
Até o momento, mais de 1,3 milhão de crianças não recebeu o reforço dessas vacinas. A recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que o público-alvo da campanha seja vacinado.
O Rio de Janeiro continua com o menor índice de vacinação, seguido por Roraima, Pará, Piauí, Distrito Federal, Acre, Bahia, Rio Grande do Sul, São Paulo, Alagoas, Rio Grande do Norte e Amazonas.
Em todo o país, foram aplicadas mais de 19,7 milhões de doses das vacinas (cerca de 9,8 milhões de cada).
A campanha deste ano é indiscriminada, por isso, todas as crianças nessa faixa etária devem se vacinar, independente da situação vacinal.
Os dados de algumas capitais mostram que o esforço dos vacinadores e da população nessa reta final tem apresentado bons resultados. No fim de semana passado, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão, Espírito Santo e Amapá promoveram mais um dia de mobilização para vacinação.
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As capitais Recife (PE), Macapá (AP), Porto Velho (RO) e Vitória (ES) superaram a meta da campanha. Já Manaus, que iniciou a vacinação antes devido o surto de casos de sarampo na região, já atingiu a meta de vacinação para a doença (103%).
*Com informações da Agência Brasil