Scott Donahue, um habitante da cidade de Park Rapids, no estado norte-americano do Minnesota, quase morreu de blastomicose, uma doença causada pelos esporos do fungo Blastomyces dermatitidis , menos de um ano após o seu cachorro falecer por causa mesma infecção.

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Scott Donahue quase morreu após contrair blastomicose, doença que havia levado seu cachorro a óbito em 2018
Reprodução/Duluth News Tribune
Scott Donahue quase morreu após contrair blastomicose, doença que havia levado seu cachorro a óbito em 2018

Ao  Duluth News Tribune , jornal local do Minnesota, Donahue, que trabalha numa loja de ferramentas, disse que não sabe como contraiu a blastomicose , cujo primeiro sintoma foi uma tosse forte.

"Eu não estava com febre alta, minha temperatura estava só um pouco acima do que deveria, mas no terceiro dia eu tossia tão forte que chegava a vomitar", relatou. Alguns dias depois, ele decidiu ir para uma clínica obter um diagnóstico.

O resultado dos raios-X apontava a presença de líquido nos pulmões. Segundo Donahue, os médicos suspeitaram de pneumonia e lhe receitaram antibióticos. Após cinco dias de tratamento, contudo, seus sintomas não melhoraram.

"Um dia ou dois depois, meu filho chamou uma ambulância", continuou em seu relato. Somente nesse instante ele seria diagnosticado com a infecção fúngica , também chamada de  e poderia começar o tratamento correto, que ainda está em andamento.

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Uma árdua luta contra a blastomicose

O caminho até seu estado de saúde atual, no qual ele já pode voltar para casa, não foi nada fácil. Além da periculosidade da blastomicose, que pode se espalhar por outros órgãos do corpo como a pele, o baço e o fígado, Scott tem diabetes, condição que compromete o sistema imunológico.

"Eu fiquei no respirador três vezes porque não conseguia respirar. Também tive que fazer uma traqueostomia, uma biópsia no rim e tive de ser alimentado por um tubo enquanto estava hospitalizado durante três meses", lembrou ao  Duluth News Tribune .

Na segunda vez em que foi colocado no respirador, os médicos pediram a seus filhos, Max e Mason, que reunissem a família, pois seu pai provavelmente não venceria a infecção fúngica. Apesar disso, Scott prevaleceu e agora se esforça para voltar à forma e eliminar de vez os sintomas da doença.

"Eu perdi 18 kg. Eu pesava 79 kg e tinha bastante músculo. [Agora] eu uso um andador e uma bengala, pareço um graveto e quase não tenho massa muscular. Eu fiz 50 anos no hospital", concluiu.

Enquanto Donahue teme por seus filhos, eles não estão dispostos a deixar o pai sozinho na casa da família, que fica num terreno de 2 hectares cercado por árvores, rios e lagos. "Eles gostam de praticar canoagem e de ficar na água. [E] todos estamos preocupados porque tanto eu quanto o cachorro tivemos a doença. É um pouco assustador", disse.

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O lado bom é que, segundo Scott, seu novo remédio contra a blastomicose , o qual deve tomar por um ano, está funcionando, apesar de os resultados estarem demorando para aparecer. "Eu estou muito fraco. Passar de uma pessoa ativa e um tanto forte para alguém tão frágil e quase desamparado é realmente muito ruim", concluiu.

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