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Conversamos com especialistas para saber como minimizar o caos de uma bebeira, mas sempre vale lembrar que o melhor caminho é a moderação

Festas de fim de ano são uma ótima desculpa para exagerar no álcool . Mas segundo especialistas, existem algumas dicas essenciais para quem pretende beber, que podem melhorar (e muito!) aquele sentimento de "ressaca" no dia seguinte. Confira a seguir  como reduzir os efeitos negativos do álcool no organismo:

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Ingerir bebidas alcóolicas é um hábito mais comum durante as festas de fim de ano. arrow-options
Reprodução/Shutterstock
Ingerir bebidas alcóolicas é um hábito mais comum durante as festas de fim de ano.

A primeira recomendação para os que querem beber no Réveillon é manter uma boa alimentação ao longo do dia. Segundo a nutricionista Rosana Perim, quando bebemos de estômago vazio, a absorção da bebida pelo corpo ocorre de forma muito mais rápida, o que faz com que as pessoas sintam os efeitos do álcool mais rapidamente também.

Matheus Motta, nutricionista do Vigilantes do Peso, também alerta que apesar de geralmente terem muitas opções de comida nas festas de fim de ano, o ideal é dar preferência às refeições mais leves, mas nunca deixando de se alimentar bem.

Uma dica essencial é beber muita água, principalmente enquanto está consumindo a bebida alcóolica, pois a hidratação constante favorece a eliminação do álcool pela urina, de acordo com Rosana. Após as comemorações, a água também é indicada, além de bebidas isotônicas ou água de coco e frutas, evitando frituras e alimentos gordurosos. Uma boa hidratação ajuda  a evitar dor de cabeça, inchaço, náusea, enjoo e falta de apetite.

É importante também checar o teor alcóolico das bebidas, pois quanto maior ele for, maior a chance de ficar nauseado. Bebidas destiladas costumam ter um índice de teor alcóolico mais alto, como é o caso do whisky (47%), vodka (13% a 40%) e cachaça (a partir de 38%). Já as fermentadas geralmente possuem um teor mais baixo, como cervejas e vinhos.

Além disso, a mistura de bebidas também não é aconselhada, sendo mais indicado, se for beber, manter-se numa linha (destilados ou fermentados).

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Os efeitos no organismo variam muito de pessoa para pessoa, pois apesar do teor alcóolico contar muito, a sensibilidade ao álcool é muito individual. Ainda assim, Matheus alerta que qualquer quantidade de bebida alcóolica pode ser prejudicial à saúde, por se tratar de uma substância tóxica para o organismo. Portanto, torna-se mais necessária ainda a boa alimentação. 

Deve-se lembrar que esse tipo de bebida é calórica e, portanto, o exagero também provoca ganho de peso. Por isso, é indicada a prática de atividades físicas, ainda que sejam mais simples como caminhadas na praia, para ajudar no gasto de calorias. 

E a ressaca?

Para a famosa "ressaca", a dica é beber muita água, água de coco e chá de gengibre no caso de dores de cabeça e enjoo. Bebidas como Gatorade, ricas em sódio e potássio, também são recomendadas, pois ajudam a repor os eletrólitos. Também é bom evitar alimentos muito gordurosos, frituras e doces, dando preferência aos grelhados, saladas e sopas, que não agridem tanto a mucosa gástrica, já sofrida pela bebida e pelo vômito, nos piores casos.

Apesar dos famosos "Engovs" e "Epoclers" serem muito utilizados, Rosana aconselha que não deixemos a situação chegar a esse ponto, apesar de eles realmente ajudarem nessa situação, como coadjuvantes. 

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O Brasil é o país da América Latina que mais ingere bebidas alcóolicas, segundo Matheus, e algumas das sensações mais sedutoras causadas por elas são as de prazer, falso bem-estar e relaxamento. Se a pessoa começa a beber num momento de festa, em grupos, o álcool vai alterando o seu nível de consciência, fazendo com que essa atividade se torne automática. Esteja atento!