Pelo menos 44 pessoas foram internadas na China após serem diagnosticadas com uma pneumonia de causa desconhecida. Os casos foram detectados na cidade de Wuhan, província de Hubei. Dos 44 casos relatados, 11 estão gravemente doentes, enquanto os demais 33 pacientes estão em condição estável.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) está monitorando de perto a situação e solicitou ao governo chinês mais informações sobre a pneumonia misteriosa para avaliar os riscos. De acordo com as autoridades chinesas, todos os pacientes estão isolados e recebendo tratamento nas instituições médicas de Wuhan.
Os sinais e sintomas clínicos são principalmente febre, com alguns pacientes com dificuldade em respirar e radiografias de tórax mostrando lesões invasivas de ambos os pulmões. A cidade de Wuhan, cuja população é de 19 milhões de pessoas, é a capital da província de Hubei, com uma população de 58 milhões de pessoas.
As pessoas diagnosticadas com esta pneumonia misteriosa trabalhavam em um mercado de peixes da cidade, que foi fechado no dia 1 de janeiro de 2020 para saneamento e desinfecção ambiental. Com base nas informações preliminares da equipe de investigação chinesa, não há nenhuma evidência de transmissão significativa de pessoa para pessoa.
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Também não houve relato de profissionais de saúde infectados por esta pneumonia. O governo chinês informou que 121 pessoas que tiveram contato com o mercado de peixes foram identificados e estão sob observação médica. Além disso, as autoridades afirmaram que o processo de identificação de patógenos e o rastreamento da causa estão em andamento.
Avaliação de risco e conselho da OMS
Em nota, a OMS afirma que as informações são limitadas “para determinar o risco geral desse grupo de pneumonia relatado de etiologia desconhecida”. E que “os sintomas relatados entre os pacientes são comuns a várias doenças respiratórias e a pneumonia é comum no inverno; no entanto, a ocorrência de 44 casos de pneumonia que requerem hospitalização de pessoas que estavam agrupadas em um mesmo espaço e no mesmo tempo deve ser tratada com prudência”.
Com base nas informações fornecidas pelo governo chinês, a OMS recomenda que se apliquem medidas de saúde pública e vigilância de influenza e infecções respiratórias agudas graves. Entretanto, a entidade não recomenda medidas específicas para os viajantes.
No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória durante ou após a viagem, os turistas devem a procurar atendimento médico e compartilhar o histórico de viagens com o profissional. A OMS desaconselha a aplicação de quaisquer restrições de viagem ou comércio na China, com base nas informações atuais disponíveis neste evento.
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Em 2003, uma síndrome respiratória aguda grave matou 349 pessoas na China continental e outras 299 em Hong Kong.