Desde o começo do ano, a apresentadora de TV Ana Maria Braga enfrenta uma nova luta contra o câncer . Desta vez, a apresentadora que já enfrentou outros dois pequenos cânceres nos pulmões, será tratada contra um adenocarcinoma na mesma área.
Depois de um período afastada, Ana Maria voltou ao Mais Você
na manhã desta segunda-feira (2). No programa, ela comentou que segue o tratamento e voltou a falar que está combinando a imunoterapia
com sessões de radioterapia.
Felizmente, a imunoterapia representa otimismo para quem entende do assunto. De acordo com Márcia Datz, diretora médica do laboratório MSD, o tratamento - ainda recente no Brasil - representa uma maneira mais eficaz e menos agressiva de lidar com a doença.
Hoje, muitos medicamentos imunoterápicos já são produzidos e testados por farmacêuticas brasileiras, com regulação para uso no Brasil. Outros - voltado para tumores específicos - aguardam autorização.
“Nós sempre soubemos que o corpo deveria combater o câncer, mas algo nas células tumorais não permitia que o corpo identificasse e combatesse aquilo como uma ameaça. Após muitos estudos, porém descobrimos pontos entre os tumores e células imunológicas que causavam esse não reconhecimento”, contextualiza. “A imunoterapia, então, busca cortar essa ligação”.
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Vantagens da imunoterapia
Quando comparada à quimioterapia, uma dos tratamentos mais conhecidos contra o câncer, a imunoterapia sai na frente por causar muito menos efeitos colaterais. “Na quimioterapia, o remédio mata as células com um comportamento específico, em geral as que se reproduzem muito rápido. Entre elas está o câncer, mas também estão outras células importantes do corpo”, explica.
Apesar de reduzidos, porém, a terapia não é completamente isenta de riscos, além de não ser aplicável para todos os tipos de câncer - como é comum em tratamentos dessa natureza. “O risco da imunoterapia é uma resposta exacerbada contra as próprias células, ocasionando em doenças auto-imunes que exigem ajustes e tratamentos específicos”, diz.
A profissional de saúde também que reforça que, mesmo que haja comparações e prioridades entre os tratamentos, o objetivo é alcançar o mínimo de remissão para o paciente combinando métodos. “O desafio é combinar outras coisas, inclusive a quimioterapia, para alcançar o melhor dos resultados”, diz.
Ainda de acordo com Márcia, o tratamento possui um impacto mínimo na vida do paciente. “O medicamento é administrado por via endovenosa . O paciente recebe a dose e não fica internado. Volta para e casa e, com uma variação para cada caso, recebe novas doses em um espaço de tempo determinado”.
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Para quais tipos de câncer serve a imunoterapia?
Entre os tipos de tumores que já podem se beneficiar do tratamento com imunoterapia no Brasil estão os cânceres de pulmões, rins, melanoma, câncer de cabeça e pescoço e o câncer de bexiga.