O site Worldometer , famoso por organizar gráficos demográficos de diversos fatores e revelar estatísticas, publicou um relatório sobre o coronavírus , tomando dois importantes estudos chineses sobre o caso. O primeiro levantamento chinês, The Report of the WHO-China Joint Mission , toma 55 mil casos laboratoriais confirmados, enquanto o segundo, Chinese CCDC , considera cerca de 72 mil.
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A partir dos estudos feitos por epidemiologistas, o Worldometer traçou o perfil das pessoas que morreram pelo coronavírus COVID-19 desde o início das infecções , em dezembro de 2019. Em um relatório publicado em duas etapas, especialistas definiram a taxa de mortalidade do vírus a partir da faixa etária, bem como problemas de saúde que podem deixar o paciente ainda mais frágil.
Faixa etária
O estudo do Worldometer começa com a relação entre faixa etária e a possibilidade de morrer com o coronavírus, com base no que há de informação sobre o COVID-19 neste momento. A tabela da “taxa de mortalidade” leva em conta o número de mortos ante a quantidade de infectados em uma determinada idade. Acompanhe abaixo:
Faixa etária | Taxa de mortalidade |
80 anos ou mais | 14,8% |
Entre 70 e 79 anos | 8,0% |
Entre 60 e 69 anos | 3,6% |
Entre 50 e 59 anos | 1,3% |
Entre 40 e 49 anos | 0,4% |
Entre 30 e 39 anos | 0,2% |
Entre 20 e 29 anos | 0,2% |
Entre 10 e 19 anos | 0,2% |
Entre 0 e 9 anos | Sem mortes confirmadas |
Portanto, há de se observar que o coronavírus é muito mais letal se afetar pacientes na faixa dos 80 anos. Em contraponto, a letalidade do vírus aos jovens é muito inferior. Apesar de alguns bebês terem sido diagnosticados com o vírus, não foram registradas mortes de crianças entre zero e nove anos.
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Doenças prévias
Conforme vem sendo divulgado por diversos laboratórios desde o início da epidemia do COVID-19, as chances de morte pelo coronavírus aumentam se o paciente tiver alguma outra doença. Com base nos dados de ambos os estudos, o Worldometer traçou o seguinte gráfico:
Condição pré-existente | Taxa de mortalidade |
Doenças cardiovasculares | 10,5% |
Diabetes | 7,3% |
Doença respiratória crônica | 6,3% |
Hipertensão | 6,0% |
Câncer | 5,6% |
Sem condição pré-existente | 0,9% |
Pacientes que sofrem de doenças cardiovasculares estão no grupo de risco do coronavírus. A diabetes, uma das doenças mais populares da China continental, epicentro das infecções, é a segunda maior causa de morte. Doenças respiratórias, hipertensão e câncer finalizam a lista dos agravantes. Apenas 0,9% dos mortos pelo coronavírus não contavam com qualquer uma das condições anteriores.
Prevenção
Após a confirmação do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, a procura por máscaras higiênicas chegou a triplicar em alguns estados brasileiros, conforme publicado pelo G1. Os especialistas, entretanto, dizem que elas dificilmente serão recomendadas pelo governo brasileiro. Neste momento, apenas China e Japão iniciaram a distribuição do aparato.
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De acordo com Atila Iamarino, biólogo e pesquisador, é difícil utilizar as máscaras da forma correta para evitar a transmissão do COVID-19 . “A melhor maneira de prevenir a contaminação é lavar as mãos e usar álcool gel”, diz ele, em seu perfil no Instagram. “Para que o álcool funcione bem, ele precisa permanecer tempo suficiente nas mãos e ter uma concentração alta, de pelo menos 60%. O álcool gel combina as duas coisas: ele tem concentração adequada para destruir o vírus, e fica tempo suficiente nas mãos por estar em gel”.