Principal ferramenta de combate à ameaça do covid-19, a vacina contra o coronavírus é a prioridade na maioria dos países atingidos. Mas afinal, quais etapas ainda faltam para que a população possa ser imunizada?
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Países como Alemanha, EUA e Austrália seguem na corrida pela injeção que pode dar fim à tensão vivida hoje com o coronavírus . Enquanto isso, de acordo com o ministro Luiz Henrique Mandetta, o Brasil concentra seus esforços na preparação para distribuir a vacina quando ela estiver pronta.
De acordo com David Uip em entrevista exclusiva ao iG, “os ensaios clínicos no mundo começam entre o final de abril e maio: primeiro começa com a fase um, que testa o medicamento em voluntários”. O profissional explica que aproximadamente 25 pessoas devem participar dessa fase, que não possui critérios quanto ao sexo ou idade dos envolvidos. Depois disso, o número se expande gradativamente na medida em que bons resultados são alcançados.
O processo, porém, leva tempo e traz um prazo que parece pouco otimista. “Eu não acredito que chegue em menos de um ano”, diz Uip. Até lá, as ações seguem focadas na prevenção: cartilhas educativas e checagem de informações para a população estão entre as prioridades do governo.
“Essa corrida o mundo todo está envolvido. O Banco Mundial liberou US$ 12 bilhões, os Estados Unidos liberaram US$ 9 bilhões, a comunidade europeia mais alguns bilhões de dólares", afirmou Mandetta ao Valor Econômico . Assim, a pasta diz que vai priorizar o mapeamento genético e as pesquisas sobre o perfil dos brasileiros para que, quando algum laboratório farmacêutico descobrir a vacina, o Brasil possa produzi-la.
Até o momento, pelo menos quatro empresas farmacêuticas já divulgaram estar testando técnicas diferentes para a produção da vacina contra o coronavírus . São as gigantes Johnson & Johnson, Moderna Therapeutics, Pharmaceuticals e Clover Biopharmaceuticals. Entre as técnicas, existem apostas em alterações no RNA do vírus e testes baseados no vírus inativado.