O Ministério da Saúde recomendou que o medicamento  ibuprofeno  e outros  anti-inflamatórios  não esteroidais (AINEs) não sejam tomados por pessoas com suspeita de terem sido infectadas pelo novo coronavírus . Em nota técnica, o ministério também pediu que os pacientes evitarem a automedicação.

homem tomando remédios
Pixabay/TheDigitalWay
Ainda estão sendo estudados os reais efeitos do ibuprofeno no tratamento para Covid-19, a doença do novo coronavírus

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"Diante das incertezas e da lacuna de evidências comprovada sobre o tópico, recomenda-se o não uso de Ibuprofeno e outros AINEs, sendo preferível as medicações analgésicas, tais como paracetamol e dipirona ", diz trecho da nota técnica.

Na terça-feira (17), a Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia feito recomendação semelhante, pedindo a  suspensão do uso de ibuprofeno por pacientes com suspeita de terem Covid-19. Além disso, autoridades da França alertaram que anti-inflamatórios podem até piorar efeitos da doença do novo coronavírus .  

A pasta também falou sobre o assunto e destacou que a relação entre o uso do remédio e o agravamento da doença "não está bem estabelecida". Assim, diversos países estão tomando medidas diferentes em relação a isso.

O ministério também fez uma recomendação quanto aos inibidores de enzima conversora de angiotensina (iECA) e os bloqueadores de receptores de angiotensina (BRA). Nesse caso, a recomendação é não interromper o tratamento.

"Dessa forma, de acordo com as evidencias científicas disponíveis no momento da publicação dessa nota e em consonância com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, recomenda-se que os pacientes não interrompam seus tratamentos de medicamentos IECA ou BRA, principalmente sem recomendação médica", diz o documento.

"A avaliação médica do paciente deve ser individualizada em relação ao risco cardiovascular da suspensão dos fármacos versus ao risco potencial de complicações pela infecção por SARS COV-2", prossegue a nota técnica. 

O texto ainda ressalta a importância de não fazer automedicação. "Uma vez escolhidos aqueles como alternativa terapêutica pelo prescritor, é imprescindível considerar a relação risco-benefício diante da condição clínica individual, devendo-se monitorar sistematicamente os seus potenciais efeitos no paciente. A automedicação nesses casos deve ser expressamente evitada"

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