Ansiedade, depressão, perda de renda, sedentarismo e alto consumo de álcool e tabaco. Esses são os impactos causados pela pandemia nos Brasileiros, de acordo com pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Os resultados foram coletados com um questionário pela internet entre 24 de abril e 8 de maio e participaram 44.062 pessoas.
Emprego
A pesquisa aponta que 60% dos brasileiros apresentaram alguma diminuição da renda. O quadro é complementado pela divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de março e abril, que mostram que a economia brasileira fechou 1,1 milhão de vagas de trabalho com carteira assinada.
Enquanto isso, com um aumento no trabalho home office, 67% das mulheres também tiveram uma alta nas atividades domésticas. Mais de 18% delas dizem terdificuldade em executar o trabalho em casa depois do início da pandemia.
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Mais cigarros
Mais de 30% dos homens e 38% das mulheres passaram a fumar pelo menos mais 10 cigarros por dia. Metade da população continuou fumando a mesma quantidade diariamente.
Maior consumo de bebida alcóolica
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso contínuo de álcool por pessoas em isolamento ou quarentena pode acarretar em piora geral das condições de saúde, aumento nos comportamentos de risco, problemas de saúde mental e maior risco de violência, inclusive doméstica.
A maior alta no consumo no Brasil foi vista, de acordo com o estudo, entre homens (18,4%) e entre pessoas com idade entre 30 e 39 anos.
Depressão
Mais da metade dos jovens de 18 a 29 anos afirmaram se sentirem deprimidos desde o início da pandemia. Na divisão por sexo, as mulheres são as que mais declararam estar com o problema: quase 50% delas.
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Ansiedade entre jovens
A ansiedade entre jovens tem um dos índices mais altos da pesquisa. Entre 18 e 29 anos, quase 70% dos entrevistados relataram sentir ansiedade muitas vezes ou durante todo o tempo, desde o início da crise por Covid-19. Em mulheres, o índice é de mais de 60%.
Aumento do sedentarismo
Homens e mulheres que faziam mais de 150 minutos de atividade físicas por semana (tempo estimado como mínimo para manter a saúde) apresentaram uma redução significativa na prática. Na média, antes da pandemia, 30,4% dos brasileiros se exercitavam durante este período semanal. Com a Covid-19, o número caiu para 12,6%.