A empresa farmacêutica chinesa fez um acordo com o governo do Paraná para começar a realizar testes de uma nova vacina contra a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). A parceria com a Sinopharm prevê um envio de pedido de autorização à Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária) em um período de até 15 dias. Esse é o quarto potencial imunizante no mundo contra a Covid-19.
A candidata a vacina da Sinopharm pode estar pronta para aplicação na população até o final deste ano. Ela se junta a outras três: as vacinas produzidas por Oxford/AstraZeneca, Sinovac Biotech e pela parceria entre a Pfizer e a BioNTech. Todas elas estão em fase avançada de testes.
"O protocolo de validação em desenvolvimento irá definir o número mínimo de pessoas que participarão dos testes. E, possivelmente, os profissionais da saúde, por estarem na linha de frente do enfrentamento da pandemia, devem ser aqueles testados inicialmente", disse o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Jorge Callado, à agência de notícias Reuters.
O Brasil se tornou um importante cenário para testes de possíveis vacinas para a Covid-19 devido à intensa circulação do novo coronavírus no País. Na semana, passada, o Brasil registrou o maior número de casos confirmados da doença em uma semana epidemiológica desde o início da pandemia.
As candidatas a vacina de Oxford e da Sinovac Biotech já começaram a ser testadas no país. Existem acordos com os respectivos laboratórios internacionais para obtenção de doses da vacina e posterior produção local, caso se provem eficazes e seguras.
No caso da vacina de Oxford, ela será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), como parte de acordo fechado pelo Ministério da Saúde. Já a vacina chinesa está sendo desenvolvida em parceira com o Instituto Butantan, ligado ao governo do estado de São Paulo.
A vacina experimental da Sinopharm, que já está na fase 3 de ensaios clínicos em seres humanos nos Emirados Árabes Unidos, envolve cerca de 15 mil voluntários e duas variações de vacina.
Além do acordo com a empresa chinesa, no entanto, o Paraná também iniciou negociações com o governo da Rússia para uma possível parceria na produção de uma vacina desenvolvida naquele no país.